Espírito Natalício procura-se

domingo, 7 de dezembro de 2014


Pela primeira vez desde que me lembro de existir, não me apetece lidar com coisas natalícias de qualquer espécie. até montar a árvore se está a mostrar uma tarefa hercúlea.

Ex e amigo, verdade ou mito?

sábado, 6 de dezembro de 2014



E então acaba.
PORQUÊÊÊ?
Simplesmente não deu certo.
Ou Afastaram-se.
Ou Desinteressaram-se.
Ou Traíram-se.

O porquê não interessa, porque o resultado final é mais ou menos o mesmo.

Alguém leva a relação ao abate e diz aquela fatídica frase, como forma de consolação:
"Não interessa, podemos sempre continuar amigos"
ÓTIMA IDEIA!

E isto leva a toda uma nova relação.

Das cinzas de um pé na bunda, surge na grande maioria dos casos uma relação desconfortavelmente cordial, ao invés da amizade feliz e desinteressada, cheia de momentos felizes e simpática nostalgia, que todos fantasiamos quando são proferidas estas palavras.

Sucedem-se os cumprimentos forçados, e as tentativas falhadas de fuga - o bom e velho "ah, nem te vi" -  quando frente a frente, perguntas de ocasião inseridas a custo, os "parabéns, espero que esteja tudo bem contigo." e a obrigatória mensagem genérica de natal e reveillon.
E mesmo que seja desconfortável, e já não haja afinidade, vai repetir-se vezes e vezes sem conta, porque nenhum dos dois vai deliberadamente cortar contacto e passar a ser a má pessoa.

Isto é claro, se ignorarmos por completo a probabilidade de o ex traduzir livremente para "Não interessa, se continuares a ser simpático comigo, voltamos a namorar"

Mas hey, digam-me vocês:
Ficar amigo - no verdadeiro sentido da palavra - do/a Ex, é possível? ou é mito urbano?(vamos excluir relações com décadas da sondagem)



Sou uma pessoa demasiado sexual - Vá, digam lá, homo. - nunca tive problemas existenciais com isso, Sei aproveitar o ato em si, e todo o afterwards, um bocado como aquelas pessoas que vão para o ginásio porque se sentem bem.
E acordo muitas vezes num mood puta e penso que vou saltar na cueca do primeiro rapaz que me der abertura - sem trocadilho intencional -, rasgar-lhe a roupa cobri-lo de chocolate e partir a cama.

E isto seria ótimo, maravilhoso, fantástico, e extremamente descomplicado... não fosse o pequeno facto de ser também um romântico brega, Daqueles que se apaixonam com uma aragem de vento e fazem planos para um casamento digno de stepford.
E então acordo tantas outras vezes a pensar, que quero antes longas conversas profundas, andar de mãos dadas e adormecer abraçados depois de ver um filme lamechas a comer chocolates.

E há dias em que me apetecem os dois.
O que leva inevitavelmente a uma batalha de consciências,

E vocês?
Pendem mais para o lado romântico, ou para o lado carnal?
Acham que é possível ser-se completamente balanceado, ou tendemos sempre para mais uma coisa que outra?

Ainda Há românticos


Depois de muita insistência, trocamos contactos.
Não que me apetecesse particularmente, mas não se passava nada de interessante na altura e já diz o outr. Àgua mole em pedra dura...
Queres combinar qualquer coisa? És giro, Pareces interessante.
[Interessante? Mas nunca falaste comigo.... Oh Well] Fala-me primeiro um bocadinho de ti. És daqui de perto? O que gostas de fazer?
Hmm, Sou daqui sim, Gosto de uma boa Mamada, e de apalpar. De um bom cu. Também gosto de morder Sou ativo. e gosto a três.
... .....Hm... estava a falar tipo de hobbies e assim?
Ai não, disso nunca experimentei.
Hm [rindo internamente]... pois. E onde querias combinar o café?
Pode ser no meu carro.

Escusado será dizer que depois de chegar à conclusão que o carro dele não era uma máquina da nespresso, nunca mais nos falámos e o mandei ir dar uma volta, já que tomar no cu não estava na sua lista de opções previstas.

Haja romance.

Amor e uma cabana, é o que se pede.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014



... Mas uma cabana com condições, pelo menos com Wireless e um frigorífico.

Qual é o equivalente moderno ao intemporal "amor e uma cabana?"
Tesão e um duplex?
Paixão e uma vivenda?
You tell me about it.

A "temática" gay

terça-feira, 2 de dezembro de 2014



Lembro-me de aqui há uns tempos atrás ter havido todo um escândalo por terras de Vera cruz, porque depois de criarem um personagem gay - a mítica diva Félix - lhe deram em horário nobre, direito a um final feliz com direito a beijo de língua.

E houve pelas redes sociais uma inflamada discussão sobre o assunto.
Se por um lado tínhamos os habituais protestantes, a reclamar usando Jesus como escudo, por outro tínhamos os apologistas, que gritavam a plenos pulmões que era uma ideia vanguardista e que representava os gays pelo mundo fora, abordando a temática gay.
O assunto morreu, enterrado pelas 6546476541 novelas produzidas nos meses seguintes.

Curiosamente, comecei a reparar que cada vez que uma produção portuguesa inclui um personagem gay, é a mesma rotina, que se veio a repetir agora com a estreia daquele pavoroso filme com o Diogo Morgado, virados do avesso (que devia ser virado do estômago, mas whatever)

"Ai, a novela X aborda, a temática gay"
"Podemos ver no telefilme por outro prisma a temática gay"

Sim, eu sei que produções nacionais - e novelas num geral - não são definitivamente a melhor plataforma para procurar por credibilidade, mas, todo esse sururu existe porque alguém tem a infeliz ideia de criar um gay estereotipado com mais de 10 minutos de aparição no ecrã.

E acho que a ideia é fazer com que nós, bichas noveleiras nos sintamos representados, mas pelo menos comigo nunca aconteceu.
Porque a partir do segundo que aparece um gay numa novela, esse vai ser o único ponto focal de toda a personagem.

Temos Gina, a mocinha determinada que é arquiteta e gosta de cantar que se apaixona pelo Roberto, que é sensível e sexy e dono de uma fábrica de garrafas de plástico, enquanto a Marinalva os tenta separar usando os seus dons como psiquiatra, e toda a gente tem uma história de fundo, até a empregada da cafetaria da esquina...
E depois, temos o Roberto, que é o gay.

E que se limita a ser gay, e a falar de como é dificil ser gay, e a fazer o mundo aceitar que são gays pelos 500 episódios da novela, porque é essa a temática, e é assim que todos nós nos comportamos no dia a dia.


E deixo a caixa de comentários aberta para vocês

Dia mundial da Luta contra a sida

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014


Nunca fiz o teste.
Eu sei que é gratuito e confidencial, fácil e rápido, mas nunca o fiz.
Porquê?
Porque tenho medo.
A espera angustia-me, e a possibilidade - ainda que remota - de vir um positivo na folha, afastam-me dos testes como o diabo da cruz.
Mesmo tendo sempre sexo seguro e evitando comportamentos de risco, e estatisticamente não tendo poucas probabilidades, nunca tive coragem para o fazer.
Eventualmente hei-de o fazer, e provavelmente não vai dar em nada, mas por agora não consigo.

E vocês?
Já alguma vez se testaram?
Alguma vez tiveram comportamentos de risco?