Ontem

terça-feira, 30 de dezembro de 2014


O novo ano aproxima-se a correr, e como já é tradição, sou bombardeado com as retrospectivas de toda a gente.
Há 364 dias, estava ansioso.
Esperançoso.
Hoje, percebo que estou curioso, enquanto leio e oiço os feitos de toda a gente.
Mudei de país
Apaixonei-me
Perdi 30 quilos
Comprei casa
Arranjei um trabalho de sonho
E eu sento-me aqui, sozinho no meu quarto, e sinto que talvez não tenha tido um ano espetacular, pelos padrões comuns, digno de slideshow com fotos sorridentes e carregadas de likes - até porque nunca fui rapaz de fotografar em vez de viver , e de "obrigado por fazeres parte dele".
Acho que passou demasiado depressa, como um saco pequeno de pipocas em meia hora de trailers.

Foi um ano de mudanças radicais, mas nem por isso... más.
Virei tudo de cabeça para baixo e agora estou a montar o puzzle sem saber muito bem a imagem que quero fazer
Sinto que mudei.

Não vejo as coisas da mesma forma, não confio nas pessoas com a mesma facilidade e não acredito em promessas de ano novo, deixei de as fazer.
Mas sei que sou exatamente a mesma pessoa. Percebi que gostar de ouvir os outros, não é de todo um defeito.

Acho que cresci e não me apercebi.
E a verdade, é que "este ano cresci" não é uma notícia interessante, porque ninguém sem ser eu percebe que efectivamente aconteceu.

Turn off.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014


Aquele momento, em que vês um bofe escândalo na zara, todo produzido no gel e no ginásio, com o blazer skinny da farda a assentar na perfeição e a deixar antever um belo rabiosque redondinho, e um sorriso bem sacaninha, ele te deixa entrar com mais do que as seis peças máximas para o provador, de tal forma que até te apetece convidá-lo para te ajudar a experimentar calças
 ... e depois, quando vais pagar, te atende na caixa, todo ele sorrisos, e todo tu já ardes mais que lenha na lareira, ele abre a boca, e te pergunta
"vai pagar com cartão?"
E tem a voz de uma rapariguinha de doze anos.
E vocês?
Qual é o maior turn off imediato numa pessoa?

(EU SEI, MELHOR MÚSICA DE SEMPRE)

Sabes que és gay quando:

domingo, 28 de dezembro de 2014



Vês isto, e ficas mais que curioso, ansioso.

Tens uma navegante favorita.

E uma vilã favorita - e um bocado de medo do que lhe vão fazer neste remake.

E te irritas quando dizem "as navegantes da lua".

... ou então és só muito nerd.

Daqueles dias


Em que estou de ressaca espiritual, e não sei bem a cura.

Lumbersexual?

sábado, 27 de dezembro de 2014

Aqui há uns tempos, surgiu a moda do metrosexual
Não sei de onde, mas espalhou-se rapidamente o rótulo, aplicado ao homem que cuida de si, depila, penteia, põe loção e perfuma toda a superficie corporal, arranja as unhas, usa roupa justa e tem mais cuidado com o cabelo do que a maioria da população tem com os dentes.
Volta e meia eram feitas reportagens sobre o assunto.

E toda uma panóplia de pessoas se foram associadas a esta tendência, quer pelo público em geral, quer por iniciativa própria. - estou a olhar para ti, Cláudio Ramos querido. - porque era giro.
Criou-se um lema implícito "gay? não, metrosexual!".

Com a maravilha das redes sociais, e de toda esta geração de pessoas que querem ser originais e muito contra o sistema, dentro das suas contas do instagram, e das suas skinny jeans, começou há relativamente pouco tempo todo um zumzum em volta de uma coisa nova. 
Uma tendência revolucionária no estilo masculino.

E nasceu o lumbersexual.
Curioso por ver em vários sítios esta palavra, fui pesquisar.
Resumidamente, um lumbersexual, é um qualquer rapaz que gosta de se vestir despreocupadamente, com camisolas de flanelas aos quadrados, barba e roupa prática ou de trabalho pesado (calças de ganga/flanela/tecido resistente), sendo inevitável um par de botas no guarda roupa .
Depois de parar de rir com a noção que vestir-me como um lenhador do Alaska agora é tendência -para quem não sabe, vem da palavra lumberjack, lenhador em inglês, talvez porque os rapazitos agora tenham achado piada a vestir-se como lenhadores e chamar-lhe tendência- ficou a dúvida:

O que qualquer um destes dois... fenómenos tem que ver com sexualidade?
Porquê o "sexual" no fim?
Expliquem-me, please.

Acabou o natal

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014


E por todo o lado os saldos chamam por mim, porque aparentemente aquele dizer "se queres fazer algo bem feito, fá-lo tu mesmo" também se aplica a oferecer prendas de natal.

Ho Ho Ho

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014


Quando eu for grande, vou ter uma casa com lareira, e passar os natais embrulhado numa manta felpuda a namorar e a ver os filmes clássicos de natal.
Enquanto tal não acontece, resta-me comer bolachas e engordar a olhos vistos.
A todos vocês que seguem, ou só visitam:
BOM NATAL

Sexo no carro

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014


Expectativa:
E no calor do momento,puxámos o banco para posição de descanso.
Enquanto me beijava o pescoço, despia rapidamente as calças e os boxers e abraçava-me carinhosamente.
Os nossos corpos fundiam-se num só e os nossos olhares cruzavam-se, enquanto gemíamos os dois de prazer ao som suave do agitar do carro e chegávamos os dois cada vez mais perto do delicioso orgasmo, com a suave luz da lua a iluminar os nossos corpos.

Realidade:
Hmmm, sim, vou só baixar o banco... O banco não desce mais? Ugh, Já tentei essa alavanca, mas está presa. Faço força? com as pernas?
Espera, espera espera, não consigo desapertar as calças, acho que estão presas na porta.
Hmmm, que bom... ai, espera, estou a bater com a cabeça no cinto de segurança.
Chega-te para o lado. Não, para o outro lado. Isso.
AU AU AU AU CÃIMBRA!
Tás bem assim? É que estás a bater-me com o joelho nas costelas.
Acho que bati com o pé no travão de mão.
BAIXA-TE, ESTOU A VER UM CARRO PASSAR.
Acho que sujámos os estofos.

No escurinho do cinema

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014



Vamos ver um filme?
Sim, mas aviso-te já, não beijo no cinema.

Durante imenso tempo romantizava toda a ideia da ida ao cinema em casalinho.
Muito para além do dar a mão e encostar a cabeça no ombro, adorava ter o filme como pano de fundo e trocar beijos apaixonados e risadinhas sôfregas.

Eventualmente percebi o quão irritante isso é para as outras pessoas, o tentar acompanhar a trama do filme, quando no canto mais recôndito da sala, duas alminhas se devoram com guinchos da cadeira e pipocas esvoaçantes,, enquanto trocam carícias no escurinho do cinema, e fluidos que vão muito para alem da coca cola.

Quando rolam os créditos e o filme acaba, posso virar devasso até no meio da rua, mas até lá, sou um autêntico puritano.

E Vocês?
O que acham de safadezas no cinema?
Há algum sítio em que se recusem particularmente a trocar carícias? Porquê?

Encontrei o espírito de Natal.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014


Obrigado Inês, fiquei a perceber mais da bíblia e de caminho aprendi uma canção de natal nova, o bingo béu.

Sabes que és gay quando:

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014



Decides mandar postais de natal aos amigos.
Mas não gostas de nenhum postal de loja, e achas que consegues fazer melhor.

Então, perdes aproximadamente 4 horas a fazer postais de natal à mão, com canetas metálicas glitter e cola, e no fim olhas pro resultado final e detestas.

Uma questão de TAMANHO

sábado, 13 de dezembro de 2014


Quanto medes?
Um metro e setenta e nove
... Não, quanto medes... lá em baixo?
Ahm... não sei?
Não sabes quanto mede o teu ******?
Curiosamente tenho mais que fazer que andar a medir a pila
Ah, lol, é que eu gosto de pilas grandes e boas.


O Ricardo, levou-me a revisitar esta bela conversa, E o fatídico assunto do tamanho que tanto oiço ser falado por aí.

Então, a pergunta pura e dura:
Afinal, O tamanho, importa*?

*nada de respostas politicamente corretas.

Duplo Padrão

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014



Faz o que eu digo, não faças o que eu faço

Curiosamente, essa norma nunca resultou bem comigo.

Ser Puta é mais barato.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014


Acho que andamos todos à procura do mesmo.
Companheirismo e romance.
Pelo menos eu ando, como já o disse milhões de vezes.
E isso não acontece por magia.
É preciso toda uma corte. uma conquista.


É claro, que são as pequenas coisas que aproximam as pessoas, mas os jantares fora, os cinemas, os lanches seguidos de longos passeios e amassos intensos no fim - que fazem todos parte e são maravilhosos - preenchem lentamente aquele vaziozinho no coração, e deixam não tão lentamente um vazio na carteira.

E o drama intensifica-se, porque gosto de bancar o cavalheiro no fim e pagar a dolorosa - porque acho aquela conversa de dividir a conta no fim um mood killer incomensurável,e mimar o outro sempre foi a minha coisa. - mas detesto olhar para o extrato bancário no fim

Começa a ficar cada vez mais evidente que ser puta é bastante mais económico que apaixonar-se.

Não isto não é uma queixa, é um post humorístico, só para quem possa não perceber a piada e dizer que estou sempre a rezingar.

Serão borboletas no estômago?

terça-feira, 9 de dezembro de 2014



Aconteceu tão depressa.
Mal olhei para ti, senti-o.


Parece que estou preso num filme.
Vejo todos os teus movimentos em câmara lenta.
O pior, é que eu sei que percebeste.
Sei que sabes que não consegui ficar indiferente.
Ainda assim, sinto aquele típico medo, sem saber como reagir, sinto-me corar, e evito a inevitável troca de olhares.

A boca sabe-me a agridoce, num misto de excitação e pavor, e embora a vontade de me aproximar seja muita, o formigueiro, que passa das minhas bochechas vermelhas ao meu coração, que palpita como louco, querendo saltar-me pela boca, impede-me.

Não acredito que me está a acontecer de novo.
Prometi a mim mesmo que não ia deixar-me dominar, mas é mais forte que eu.
Eventualmente afasto-me, sem dizer nada, remeto-me ao silêncio, enquanto tento esquecer toda a situação, deixando para trás a doce recordação de quando te vi, e senti
Vergonha alheia

Isso são calças skinny? Acho que consigo fazer te uma palpação à próstata, só de olhar.
Digam-me de vossa experiência:
Costumam sentir muitas vezes a bela da vergonha alheia?
O que é preciso para despoletar em vossos corações tão nobre sentimento? 
(para mim basta um bebedo que não aguente a bebida, ou alguém barraqueiro)

(vá, que vou ali comentar os vossos blogs e depois respondo aos comentários daqui)

Descrição musical da minha vida:



Espírito Natalício procura-se

domingo, 7 de dezembro de 2014


Pela primeira vez desde que me lembro de existir, não me apetece lidar com coisas natalícias de qualquer espécie. até montar a árvore se está a mostrar uma tarefa hercúlea.

Ex e amigo, verdade ou mito?

sábado, 6 de dezembro de 2014



E então acaba.
PORQUÊÊÊ?
Simplesmente não deu certo.
Ou Afastaram-se.
Ou Desinteressaram-se.
Ou Traíram-se.

O porquê não interessa, porque o resultado final é mais ou menos o mesmo.

Alguém leva a relação ao abate e diz aquela fatídica frase, como forma de consolação:
"Não interessa, podemos sempre continuar amigos"
ÓTIMA IDEIA!

E isto leva a toda uma nova relação.

Das cinzas de um pé na bunda, surge na grande maioria dos casos uma relação desconfortavelmente cordial, ao invés da amizade feliz e desinteressada, cheia de momentos felizes e simpática nostalgia, que todos fantasiamos quando são proferidas estas palavras.

Sucedem-se os cumprimentos forçados, e as tentativas falhadas de fuga - o bom e velho "ah, nem te vi" -  quando frente a frente, perguntas de ocasião inseridas a custo, os "parabéns, espero que esteja tudo bem contigo." e a obrigatória mensagem genérica de natal e reveillon.
E mesmo que seja desconfortável, e já não haja afinidade, vai repetir-se vezes e vezes sem conta, porque nenhum dos dois vai deliberadamente cortar contacto e passar a ser a má pessoa.

Isto é claro, se ignorarmos por completo a probabilidade de o ex traduzir livremente para "Não interessa, se continuares a ser simpático comigo, voltamos a namorar"

Mas hey, digam-me vocês:
Ficar amigo - no verdadeiro sentido da palavra - do/a Ex, é possível? ou é mito urbano?(vamos excluir relações com décadas da sondagem)



Sou uma pessoa demasiado sexual - Vá, digam lá, homo. - nunca tive problemas existenciais com isso, Sei aproveitar o ato em si, e todo o afterwards, um bocado como aquelas pessoas que vão para o ginásio porque se sentem bem.
E acordo muitas vezes num mood puta e penso que vou saltar na cueca do primeiro rapaz que me der abertura - sem trocadilho intencional -, rasgar-lhe a roupa cobri-lo de chocolate e partir a cama.

E isto seria ótimo, maravilhoso, fantástico, e extremamente descomplicado... não fosse o pequeno facto de ser também um romântico brega, Daqueles que se apaixonam com uma aragem de vento e fazem planos para um casamento digno de stepford.
E então acordo tantas outras vezes a pensar, que quero antes longas conversas profundas, andar de mãos dadas e adormecer abraçados depois de ver um filme lamechas a comer chocolates.

E há dias em que me apetecem os dois.
O que leva inevitavelmente a uma batalha de consciências,

E vocês?
Pendem mais para o lado romântico, ou para o lado carnal?
Acham que é possível ser-se completamente balanceado, ou tendemos sempre para mais uma coisa que outra?

Ainda Há românticos


Depois de muita insistência, trocamos contactos.
Não que me apetecesse particularmente, mas não se passava nada de interessante na altura e já diz o outr. Àgua mole em pedra dura...
Queres combinar qualquer coisa? És giro, Pareces interessante.
[Interessante? Mas nunca falaste comigo.... Oh Well] Fala-me primeiro um bocadinho de ti. És daqui de perto? O que gostas de fazer?
Hmm, Sou daqui sim, Gosto de uma boa Mamada, e de apalpar. De um bom cu. Também gosto de morder Sou ativo. e gosto a três.
... .....Hm... estava a falar tipo de hobbies e assim?
Ai não, disso nunca experimentei.
Hm [rindo internamente]... pois. E onde querias combinar o café?
Pode ser no meu carro.

Escusado será dizer que depois de chegar à conclusão que o carro dele não era uma máquina da nespresso, nunca mais nos falámos e o mandei ir dar uma volta, já que tomar no cu não estava na sua lista de opções previstas.

Haja romance.

Amor e uma cabana, é o que se pede.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014



... Mas uma cabana com condições, pelo menos com Wireless e um frigorífico.

Qual é o equivalente moderno ao intemporal "amor e uma cabana?"
Tesão e um duplex?
Paixão e uma vivenda?
You tell me about it.

A "temática" gay

terça-feira, 2 de dezembro de 2014



Lembro-me de aqui há uns tempos atrás ter havido todo um escândalo por terras de Vera cruz, porque depois de criarem um personagem gay - a mítica diva Félix - lhe deram em horário nobre, direito a um final feliz com direito a beijo de língua.

E houve pelas redes sociais uma inflamada discussão sobre o assunto.
Se por um lado tínhamos os habituais protestantes, a reclamar usando Jesus como escudo, por outro tínhamos os apologistas, que gritavam a plenos pulmões que era uma ideia vanguardista e que representava os gays pelo mundo fora, abordando a temática gay.
O assunto morreu, enterrado pelas 6546476541 novelas produzidas nos meses seguintes.

Curiosamente, comecei a reparar que cada vez que uma produção portuguesa inclui um personagem gay, é a mesma rotina, que se veio a repetir agora com a estreia daquele pavoroso filme com o Diogo Morgado, virados do avesso (que devia ser virado do estômago, mas whatever)

"Ai, a novela X aborda, a temática gay"
"Podemos ver no telefilme por outro prisma a temática gay"

Sim, eu sei que produções nacionais - e novelas num geral - não são definitivamente a melhor plataforma para procurar por credibilidade, mas, todo esse sururu existe porque alguém tem a infeliz ideia de criar um gay estereotipado com mais de 10 minutos de aparição no ecrã.

E acho que a ideia é fazer com que nós, bichas noveleiras nos sintamos representados, mas pelo menos comigo nunca aconteceu.
Porque a partir do segundo que aparece um gay numa novela, esse vai ser o único ponto focal de toda a personagem.

Temos Gina, a mocinha determinada que é arquiteta e gosta de cantar que se apaixona pelo Roberto, que é sensível e sexy e dono de uma fábrica de garrafas de plástico, enquanto a Marinalva os tenta separar usando os seus dons como psiquiatra, e toda a gente tem uma história de fundo, até a empregada da cafetaria da esquina...
E depois, temos o Roberto, que é o gay.

E que se limita a ser gay, e a falar de como é dificil ser gay, e a fazer o mundo aceitar que são gays pelos 500 episódios da novela, porque é essa a temática, e é assim que todos nós nos comportamos no dia a dia.


E deixo a caixa de comentários aberta para vocês

Dia mundial da Luta contra a sida

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014


Nunca fiz o teste.
Eu sei que é gratuito e confidencial, fácil e rápido, mas nunca o fiz.
Porquê?
Porque tenho medo.
A espera angustia-me, e a possibilidade - ainda que remota - de vir um positivo na folha, afastam-me dos testes como o diabo da cruz.
Mesmo tendo sempre sexo seguro e evitando comportamentos de risco, e estatisticamente não tendo poucas probabilidades, nunca tive coragem para o fazer.
Eventualmente hei-de o fazer, e provavelmente não vai dar em nada, mas por agora não consigo.

E vocês?
Já alguma vez se testaram?
Alguma vez tiveram comportamentos de risco?

Sabedoria da noite

domingo, 30 de novembro de 2014


"Amo-te" é tipo peido. as pessoas deviam conter-se antes de os largarem sem aviso.

O "discreto"

quinta-feira, 27 de novembro de 2014



Já há imenso tempo que não falava de nenhuma das minhas desventuras romanticosexuais, por isso preparem-se para mais um capítulo:

Conhecemo-nos e trocámos contactos.
Disse-me que não era assumido, que era "discreto", e nem me interessou particularmente.
É uma coisa muito pessoal, não é factor condicionante para mim.
Era super reservado, misterioso.
Vocês sabem o tipo, quanto menos vos diz mais vocês querem saber .

Todo este mistério, e o facto de ele estar muito interessado em mim, só me chamava mais a atenção.
Falávamos regularmente, mensagens, telefonemas a altas horas da noite e volta e meia uma videochamada. Todos regados com toda aquela tensão sexual muito típica de engate recente, com jorros de elogios e muitas falinhas mansas (oh, como eu adoro falinhas mansas).
Combinámos um encontro, queria mostrar-me as estrelas e passear comigo de mãos dadas á beira mar.
E sim, eu sei que é a linha de engate foleiro mais velha da história da humanidade, e que ninguém cai nestas coisas, mas eu fico automaticamente encantado com romantismo barato, portanto, lá fomos ver as estrelas.

Conversámos um bocado, e acabámos, com a maresia a bater-nos no cabelo, a lua cheia a iluminar a paisagem e a... Ahm... ver as estrelas... no capô do carro dele.
(E foi ótimo, nem me arrependi particularmente, se quisesse ser celibatário ia pra Padre)
Quando efetivamente ficámos a ver as estrelas abraçados, falámos de várias coisas.

Lembro-me de lhe ter dito meio a brincar, que a primeira coisa que fiz quando o vi, foi reparar se tinha aliança, porque não queria um caso.
Apressou-se a descansar-me, a dizer que não tinha ninguém, e ficou meio envergonhado, e mudou o assunto, mas não liguei.

Findo o "encontro" desapareceu do mapa.
Fiquei ligeiramente desapontado - Não estava á procura de nada particularmente sério nem me pus imediatamente com fantasias de ter arranjado um namorado instantâneo, mas não deixa de ser chato né - mas não morri com isso. passaram-se uns dias e ele reapareceu das cinzas, todo entusiasmado, cheio de saudades, e com uma conversa da tanga de que não tinha tido tempo nem tinha recebido as minhas mensagens.


Voltámos a combinar outro encontro, desta vez, na zona onde ele morava, porque me disse entusiasmado, que tinha sítio onde ficarmos - e convenhamos que por mais excitante que seja, fazer sexo no carro cansa um bocado - e que podíamos ir passear, que estava com saudades minhas e queria muito estar comigo.

E lá me meti no carro para ir ter com ele, com a minha infalível - e sempre ignorada nestas situações - intuição a apitar que tresandava a má ideia, mas o coração a dizer "pára de seres desconfiado Miguel, ele até é um gajo porreiro" e o corpo a dizer "Ahm, aproveita, uma queca é uma queca"

Pus-me no carro e fui rumo á aventura, como aliás gosto de fazer.
Liguei o GPS para encontrar o sítio combinado, e alguma força divina fez o GPS indicar-me o caminho errado por 3 vezes.

Quando o parei para confirmar o local, a bateria morreu completamente e o carro não pegava por nada deste mundo.
Fiquei sozinho à beira da estrada deserta no meio da noite sem conhecer o local onde estava,e acabei por lhe pedir para me vir buscar.

E a partir daqui começou tudo a descambar.

Cumprimentou-me com um passou-bem, e prometeu que depois me ajudava com o carro, deu-me boleia para "o sítio" que era uma arrecadação na casa de não sei quem, porque "tinha gente em casa".
Acabámos por não ir dar o tal passeio porque "tinha que ir para casa".

E por muito crédulo que eu seja, sejamos honestos, por esta altura eu já estava a achar tudo muito mal contado, mas não me podia queixar muito, porque hm, estava sem carro e não me parecia boa estratégia ficar no meio de nenhures depois de pedir satisfações.
Vou ligar ao meu irmão, ele tem uns cabos de bateria, peço lhos emprestados.
E deixou-me dentro do carro, enquanto ligava ao irmão.
Feliz ou infelizmente, a conversa ouvia-se toda mesmo com a porta fechada, e eu, como bom curioso que sou, ouvi.
"Oh, é que eu preciso dos cabos, é a tua mãe que os tem?(...)"
Hmm... talvez sejam meio irmãos, é completamente possível.

"(...)Okay amor, mas vai dormindo que como te tinha dito, hoje tinha aqui coisas para fazer(...)"
... amor? Ehr... se calhar são mesmo muito próximos?
"(...)Okay, quando chegar, se não estiveres acordada, eu acordo-te como tu gostas"
... acordada?
...se calhar é transexual?
... mas ...como tu gostas? Hmm....


Eventualmente deixei de ouvir a conversa porque comecei a fazer conjeturas para justificar aquilo, porque tinha que ser tudo uma coincidência.
É isso, eu percebi tudo mal, pelo amor de Deus, silly me.

Lá conseguiu os cabos, que estavam com a tal senhora, que lhe ligou de seguida, e mesmo que ele apressadamente desligasse o telemóvel, não deixei de ver no ecrã do telemóvel SOGRA em letras bem gordas.

Resolvi fingir que não percebi nada.
Afinal, a minha poker face é bastante boa, e honestamente não achei que valesse a pena o drama, se já me tinha mentido até então, não ia subitamente ganhar uma consciência e pedir-me desculpa.

Quando nos despedimos, deu-me novamente um passou-bem, e eclipsou-se mais uma vez do mapa, enquanto eu pensava na ironia, de ter sido a sogra do meu encontro a ajudar o meu carro a arrancar de empurrão quando ele de empurrão comigo umas horinhas antes.



Mandou-me ontem mensagem, a perguntar se queria ir ver as estrelas com ele.
Não sei se convido a namorada ou a sogra, para assistir.

Gay Cowboys

terça-feira, 25 de novembro de 2014


Portanto, como nerd que sou, estava numa sessão de L.A. Noire - um jogo de detetives passado nos anos 40 - quando durante um dos casos, me deparo com esta pequena pérola.
Por algum motivo, descontextualizei completamente o suposto filme, e digamos que não seria nas selas que os cowboys se montariam.

Resumindo as relações abertas

sábado, 22 de novembro de 2014


Então, eu quero andar a saltar na cama de toda a gente porque sou um espírito livre, mas hey, gosto muito de ti, e como é uma relação aberta, tecnicamente não é trair. é expandir horizontes. 
E rabos também, né.

Agora a sério, pessoalmente, acho toda essa noção inaceitável.
Não sei como é que se desenvolve alguma coisa sólida, se as fundações estão sempre a mudar a marca do cimento.

E vocês, o que acham? 
Seriam capazes de estar numa relação aberta?

Carta ao meu futuro marido

quinta-feira, 20 de novembro de 2014



Querido futuro marido.

Escrever isto é muito mais complicado do planeei, porque não tenho a certeza de que existas mesmo.
Mas já escrevi cartas monumentais ao pai natal, e todos sabemos que isso acabou em lágrimas e ranho, por isso não hás-de ser o primeiro homem possivelmente imaginário a partir-me o coração.

Ando à tua procura, mesmo que não o queira admitir, e de vez em quando sinto-me frustrado, porque acho que talvez esteja a perder tempo em vão.
[É um bocado como ir ao shopping comprar calças.  Há quem encontre logo no tamanho certo, e há quem vá experimentando até encontrar as que goste mais. E provavelmente ainda vou ter que experimentar muitas calças, não só porque gosto de roupa, mas também porque sou esquisito com ela.]
Vamos partir do pressuposto que vais estar a ler isto de pijama, porque eu bebi demasiada sangria numa jantarada com amigos um dia qualquer e me lembrei de que tinha escrito esta carta há uns anos atrás e te arrastei para perto do computador mais próximo e andei à procura dela como se fosse a coisa mais interessante de sempre - como faço sempre nestas circunstâncias.

Peço desde já desculpa por todas as comédias românticas com a Anne Hathaway e filmes da Disney que  já te obriguei a ver. principalmente aqueles em que acabo a tentar disfarçar o lacrimejo - e geralmente são os filmes da Disney, por estranho que isto seja.
E desculpa também pela alcunha carinhosa.
Pode ser que até chegar a tua vez perca essa mania, mas geralmente dou sempre uma alcunha pavorosa a cada namorado em que aterro, e acho que isso é sempre ligeiramente traumático.

Posso estar 2 horas seguidas a falar-te sobre qualquer coisa que ache interessante, mas se não achares interessante, vou provavelmente ficar com remorsos, e fazer-te um bolo, ou qualquer coisa doce, por isso vou assumir, que vamos os dois acabar gordos e felizes.

No fim de contas, Eu sei que posso ralhar-te constantemente, dar-te "sugestões" - okay, são ordens, mas não gosto de dizer ordens porque isso parece demasiado autoritário - sobre as mais diversas coisas e perder a paciência de vez em quando, mas amo-te.
Tenho a noção que não te digo isto muitas vezes, porque raramente digo às pessoas o quanto gosto delas. Tenho sempre muito medo de cair no exagero, e já deves saber que tenho tendência pra isso.

Não quero que me completes. Isso é tudo conversa de livro de auto ajuda. Não estou incompleto, não me faltam peças nem sou um puzzle.
Que atures a minha veia de prima donna e que me deixes sufocar-te de atenção.

Quero que me acompanhes, porque, afinal, a vida é uma viagem, e as viagens são um tédio sem companhia.

Espero que nos casemos antes que o consumo de cacau no mundo seja tão maior que a produção que se esgote todo o chocolate do mundo, porque uma das cláusulas matrimoniais vai envolver entupires-me de de chocolate quando não souberes que prenda me oferecer. Também gosto que me faças rir. Provavelmente tens sentido de humor, ou falas fluentemente sarcasmo.

Portanto já sabes: gargalhadas e chocolate. 
Sou assim, extremamente fácil de satisfazer.

Ah, e orgasmos também, que um homem não é de ferro.

Deixei cair o telemóvel, a entrar no café, e quem o apanhou ficou com ele.
Como tal, lá vou eu ter que comprar outro, fiquei pior que estragado com a situação, e comentei com uma amiga:
Porra, ficaram-me com o telemóvel, já viste esta merda?
Eish que mau! Não tens como o encontrar?
Não, está desligado, não há forma.
Pois, agora não podes fazer nada, tem pacência...
Tens fotos porcas lá?

A parte melhor, é que eu até tinha fotos dessas lá há coisa de uma semana atrás, mas vamos antes focar nesta ternurenta preocupação fraternal que fotos do meu piru selvagem vazem para as internetes à disposição do comum mortal, para me juntar a todo um role de celebridades - tipo a Jennifer Lawrence - com nudes publicados na internet por circunstâncias adversas.

FML.

Já agora, se por um acaso perdessem agora mesmo o telefone, teriam lá fotos... comprometedoras?

Sabes que és gay quando:

terça-feira, 11 de novembro de 2014


Tens uma diva.

Sejas Old school, e vás para uma Madonna, uma Cher, ou uma Liza Minnelli, um bocado mais moderno, e enveredes por uma Beyoncé, uma Katy Perry ou uma Lady Gaga, ou até alternativo, e vás na direção de uma Alanis Morisette, uma Dolly Parton ou uma Maria Rita.

Até podem ser polígamos e ter mais que uma, mas a diva, está lá.

Blogaysfera, elucidem-me:
Qual é a vossa diva?
E qual é o fenómeno por trás dos homens gays e das suas divas?
(Isto tudo porque a Marina está tão diva no video novo, que tive que vir a correr partilhar)

O mundo é das crianças [desafio]

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Ora bem, o Bratz indicou-me para este desafio, e cá venho eu responder. Não vou nomear 4 blogs, porque não sei de quem tenho mais curiosidade de saber estas coisas por isso fiquem á vontade para responderem todos os que me lêm (daí não aparecerem nem o ponto 7 nem o 8).

1- Quais eram suas 4 brincadeiras prediletas em sua infância?
Ehrm Bem, enquanto criança eu era assim meio criativo, então acabava inventando brincadeirinhas com os amiguinhos e amiguinhas

  • Brincava muito às casinhas, e a todos os derivativos possiveis e imaginários, restaurantes a fingir, médicos a fingir, quintas a fingir, tudo a fingir. desde que desse para construir uma cabaninha e ficar horas entretido, servia, erda definitivamente a minha brincadeira favorita, usar da imaginação.
  • Brincava muito à apanhada.
  • Fazia concursos de canções danças e assim - graças a Deus que não existiam smartphones pra gravar aquelas desgraças -  e depois dávamos troféus aos vencedores.
  • Mímica -  don't ask.


2- Quais foram seus 4 filmes prediletos em sua infância?


  • A pequena sereia (volta e meia revejo, e tenho uma pequena obsessão por sereias desde que me lembro)

  • Rei Leão


  • Em busca do Reino Encantado (ainda choro litros cada vez que vejo a mãe dele morrer)



  • Matilda, a espalha Brasas. Eu vi este filme, tantos milhões de vezes, que de vez em quando ficava convencido que tinha poderes telequinéticos.



3- Qual era o medo que você tinha?
Hm... Sinceramente, nunca tive medo de nada? Sei lá, acho que fui uma criança meio abestalhada e não tinha motivos pra ter medo de nada.

4- Qual era o seu desejo de consumo?
Brinquedos.Dependia do que surgisse naquele ano, mas nenhum em especifico que tenha me marcado, mesmo que não o tenha recebido.
5- Quais eram seus personagens infantis favoritos?


Sailor Moon (até hoje ainda adoro)
Son Goku
Pato Donald
(Lia todas as revistinhas da Disney, mas as do Pato Donald e companhia eram as minhas favoritas)

A turminha da mónica. Tinha uma especial predileção pela Magali, mas gostava de todos por igual.


6- Comparando as crianças daquela época com as atuais,em seu ponto de vista, qual ponto positivo e negativo?
Ponto negativo- As crianças não sabem brincar. Querem crescer muito depressa e não aproveitam pra ser crianças, perderam a imaginação. Vejo fedelhos com 12 anos que já fazem coisas que eu nem com 17 fazia.
Ponto positivo- Têm um acesso mais fácil a coisas que nem existiam há 15 anos atrás. Estão expostas a tecnologia e informação que usadas da forma certa proporcionam muitas oportunidades.

9- Postar uma foto de infância ou algo que fez parte de sua infância
Eu estava sempre a desenhar. Sempre. Tenho duas pastas cheias de desenhos guardada no armário de casa com pequenas pérolas destas.

E pronto, já sabem um pouco mais sobre mim :P

Se foda - ou a odisseia da exclusividade

sábado, 8 de novembro de 2014



Olho para trás e lembro-me quando comecei esta coisa dos encontros.

Entrei meio a medo, com a minha faceta romântica no auge da sua imbecilidade, completamente convencido que era uma coisa temporária, que como em qualquer rom-com, em meia hora encontrava alguém,, e com a mesma facilidade que compro calças em saldos encontraria um rapaz interessante.

Toda a vez que conhecia um rapaz, saíamos uma vez, automaticamente "escusava-me" do mercado dos encontros.
Deixava completamente de ponderar qualquer tipo de procura por alguém.
Na minha cabeça, dois dedos de conversa, um café e uma queca eram o equivalente a estar nalgum derivado de relação séria.
Depois, quando inevitavelmente não dava em nada, porque não tínhamos nada a ver,e o mandava à vida dele ou levava uma tampa astronómica, ficava extremamente infeliz e miserável, até aparecer o próximo e repetir o ciclo.

Comecei a deixar de acreditar em exclusividade eventualmente, e a deixar as coisas rolar.

O que me leva à pergunta do post:


Quando é que é a altura certa para pensar em exclusividade?
Há um mínimo ou máximo de encontros com a mesma pessoa, antes de se ponderar a hipótese de sair do mercado?

E nada de respostas "isso é muito relativo".