Sabedoria da noite

domingo, 30 de novembro de 2014


"Amo-te" é tipo peido. as pessoas deviam conter-se antes de os largarem sem aviso.

O "discreto"

quinta-feira, 27 de novembro de 2014



Já há imenso tempo que não falava de nenhuma das minhas desventuras romanticosexuais, por isso preparem-se para mais um capítulo:

Conhecemo-nos e trocámos contactos.
Disse-me que não era assumido, que era "discreto", e nem me interessou particularmente.
É uma coisa muito pessoal, não é factor condicionante para mim.
Era super reservado, misterioso.
Vocês sabem o tipo, quanto menos vos diz mais vocês querem saber .

Todo este mistério, e o facto de ele estar muito interessado em mim, só me chamava mais a atenção.
Falávamos regularmente, mensagens, telefonemas a altas horas da noite e volta e meia uma videochamada. Todos regados com toda aquela tensão sexual muito típica de engate recente, com jorros de elogios e muitas falinhas mansas (oh, como eu adoro falinhas mansas).
Combinámos um encontro, queria mostrar-me as estrelas e passear comigo de mãos dadas á beira mar.
E sim, eu sei que é a linha de engate foleiro mais velha da história da humanidade, e que ninguém cai nestas coisas, mas eu fico automaticamente encantado com romantismo barato, portanto, lá fomos ver as estrelas.

Conversámos um bocado, e acabámos, com a maresia a bater-nos no cabelo, a lua cheia a iluminar a paisagem e a... Ahm... ver as estrelas... no capô do carro dele.
(E foi ótimo, nem me arrependi particularmente, se quisesse ser celibatário ia pra Padre)
Quando efetivamente ficámos a ver as estrelas abraçados, falámos de várias coisas.

Lembro-me de lhe ter dito meio a brincar, que a primeira coisa que fiz quando o vi, foi reparar se tinha aliança, porque não queria um caso.
Apressou-se a descansar-me, a dizer que não tinha ninguém, e ficou meio envergonhado, e mudou o assunto, mas não liguei.

Findo o "encontro" desapareceu do mapa.
Fiquei ligeiramente desapontado - Não estava á procura de nada particularmente sério nem me pus imediatamente com fantasias de ter arranjado um namorado instantâneo, mas não deixa de ser chato né - mas não morri com isso. passaram-se uns dias e ele reapareceu das cinzas, todo entusiasmado, cheio de saudades, e com uma conversa da tanga de que não tinha tido tempo nem tinha recebido as minhas mensagens.


Voltámos a combinar outro encontro, desta vez, na zona onde ele morava, porque me disse entusiasmado, que tinha sítio onde ficarmos - e convenhamos que por mais excitante que seja, fazer sexo no carro cansa um bocado - e que podíamos ir passear, que estava com saudades minhas e queria muito estar comigo.

E lá me meti no carro para ir ter com ele, com a minha infalível - e sempre ignorada nestas situações - intuição a apitar que tresandava a má ideia, mas o coração a dizer "pára de seres desconfiado Miguel, ele até é um gajo porreiro" e o corpo a dizer "Ahm, aproveita, uma queca é uma queca"

Pus-me no carro e fui rumo á aventura, como aliás gosto de fazer.
Liguei o GPS para encontrar o sítio combinado, e alguma força divina fez o GPS indicar-me o caminho errado por 3 vezes.

Quando o parei para confirmar o local, a bateria morreu completamente e o carro não pegava por nada deste mundo.
Fiquei sozinho à beira da estrada deserta no meio da noite sem conhecer o local onde estava,e acabei por lhe pedir para me vir buscar.

E a partir daqui começou tudo a descambar.

Cumprimentou-me com um passou-bem, e prometeu que depois me ajudava com o carro, deu-me boleia para "o sítio" que era uma arrecadação na casa de não sei quem, porque "tinha gente em casa".
Acabámos por não ir dar o tal passeio porque "tinha que ir para casa".

E por muito crédulo que eu seja, sejamos honestos, por esta altura eu já estava a achar tudo muito mal contado, mas não me podia queixar muito, porque hm, estava sem carro e não me parecia boa estratégia ficar no meio de nenhures depois de pedir satisfações.
Vou ligar ao meu irmão, ele tem uns cabos de bateria, peço lhos emprestados.
E deixou-me dentro do carro, enquanto ligava ao irmão.
Feliz ou infelizmente, a conversa ouvia-se toda mesmo com a porta fechada, e eu, como bom curioso que sou, ouvi.
"Oh, é que eu preciso dos cabos, é a tua mãe que os tem?(...)"
Hmm... talvez sejam meio irmãos, é completamente possível.

"(...)Okay amor, mas vai dormindo que como te tinha dito, hoje tinha aqui coisas para fazer(...)"
... amor? Ehr... se calhar são mesmo muito próximos?
"(...)Okay, quando chegar, se não estiveres acordada, eu acordo-te como tu gostas"
... acordada?
...se calhar é transexual?
... mas ...como tu gostas? Hmm....


Eventualmente deixei de ouvir a conversa porque comecei a fazer conjeturas para justificar aquilo, porque tinha que ser tudo uma coincidência.
É isso, eu percebi tudo mal, pelo amor de Deus, silly me.

Lá conseguiu os cabos, que estavam com a tal senhora, que lhe ligou de seguida, e mesmo que ele apressadamente desligasse o telemóvel, não deixei de ver no ecrã do telemóvel SOGRA em letras bem gordas.

Resolvi fingir que não percebi nada.
Afinal, a minha poker face é bastante boa, e honestamente não achei que valesse a pena o drama, se já me tinha mentido até então, não ia subitamente ganhar uma consciência e pedir-me desculpa.

Quando nos despedimos, deu-me novamente um passou-bem, e eclipsou-se mais uma vez do mapa, enquanto eu pensava na ironia, de ter sido a sogra do meu encontro a ajudar o meu carro a arrancar de empurrão quando ele de empurrão comigo umas horinhas antes.



Mandou-me ontem mensagem, a perguntar se queria ir ver as estrelas com ele.
Não sei se convido a namorada ou a sogra, para assistir.

Gay Cowboys

terça-feira, 25 de novembro de 2014


Portanto, como nerd que sou, estava numa sessão de L.A. Noire - um jogo de detetives passado nos anos 40 - quando durante um dos casos, me deparo com esta pequena pérola.
Por algum motivo, descontextualizei completamente o suposto filme, e digamos que não seria nas selas que os cowboys se montariam.

Resumindo as relações abertas

sábado, 22 de novembro de 2014


Então, eu quero andar a saltar na cama de toda a gente porque sou um espírito livre, mas hey, gosto muito de ti, e como é uma relação aberta, tecnicamente não é trair. é expandir horizontes. 
E rabos também, né.

Agora a sério, pessoalmente, acho toda essa noção inaceitável.
Não sei como é que se desenvolve alguma coisa sólida, se as fundações estão sempre a mudar a marca do cimento.

E vocês, o que acham? 
Seriam capazes de estar numa relação aberta?

Carta ao meu futuro marido

quinta-feira, 20 de novembro de 2014



Querido futuro marido.

Escrever isto é muito mais complicado do planeei, porque não tenho a certeza de que existas mesmo.
Mas já escrevi cartas monumentais ao pai natal, e todos sabemos que isso acabou em lágrimas e ranho, por isso não hás-de ser o primeiro homem possivelmente imaginário a partir-me o coração.

Ando à tua procura, mesmo que não o queira admitir, e de vez em quando sinto-me frustrado, porque acho que talvez esteja a perder tempo em vão.
[É um bocado como ir ao shopping comprar calças.  Há quem encontre logo no tamanho certo, e há quem vá experimentando até encontrar as que goste mais. E provavelmente ainda vou ter que experimentar muitas calças, não só porque gosto de roupa, mas também porque sou esquisito com ela.]
Vamos partir do pressuposto que vais estar a ler isto de pijama, porque eu bebi demasiada sangria numa jantarada com amigos um dia qualquer e me lembrei de que tinha escrito esta carta há uns anos atrás e te arrastei para perto do computador mais próximo e andei à procura dela como se fosse a coisa mais interessante de sempre - como faço sempre nestas circunstâncias.

Peço desde já desculpa por todas as comédias românticas com a Anne Hathaway e filmes da Disney que  já te obriguei a ver. principalmente aqueles em que acabo a tentar disfarçar o lacrimejo - e geralmente são os filmes da Disney, por estranho que isto seja.
E desculpa também pela alcunha carinhosa.
Pode ser que até chegar a tua vez perca essa mania, mas geralmente dou sempre uma alcunha pavorosa a cada namorado em que aterro, e acho que isso é sempre ligeiramente traumático.

Posso estar 2 horas seguidas a falar-te sobre qualquer coisa que ache interessante, mas se não achares interessante, vou provavelmente ficar com remorsos, e fazer-te um bolo, ou qualquer coisa doce, por isso vou assumir, que vamos os dois acabar gordos e felizes.

No fim de contas, Eu sei que posso ralhar-te constantemente, dar-te "sugestões" - okay, são ordens, mas não gosto de dizer ordens porque isso parece demasiado autoritário - sobre as mais diversas coisas e perder a paciência de vez em quando, mas amo-te.
Tenho a noção que não te digo isto muitas vezes, porque raramente digo às pessoas o quanto gosto delas. Tenho sempre muito medo de cair no exagero, e já deves saber que tenho tendência pra isso.

Não quero que me completes. Isso é tudo conversa de livro de auto ajuda. Não estou incompleto, não me faltam peças nem sou um puzzle.
Que atures a minha veia de prima donna e que me deixes sufocar-te de atenção.

Quero que me acompanhes, porque, afinal, a vida é uma viagem, e as viagens são um tédio sem companhia.

Espero que nos casemos antes que o consumo de cacau no mundo seja tão maior que a produção que se esgote todo o chocolate do mundo, porque uma das cláusulas matrimoniais vai envolver entupires-me de de chocolate quando não souberes que prenda me oferecer. Também gosto que me faças rir. Provavelmente tens sentido de humor, ou falas fluentemente sarcasmo.

Portanto já sabes: gargalhadas e chocolate. 
Sou assim, extremamente fácil de satisfazer.

Ah, e orgasmos também, que um homem não é de ferro.

Deixei cair o telemóvel, a entrar no café, e quem o apanhou ficou com ele.
Como tal, lá vou eu ter que comprar outro, fiquei pior que estragado com a situação, e comentei com uma amiga:
Porra, ficaram-me com o telemóvel, já viste esta merda?
Eish que mau! Não tens como o encontrar?
Não, está desligado, não há forma.
Pois, agora não podes fazer nada, tem pacência...
Tens fotos porcas lá?

A parte melhor, é que eu até tinha fotos dessas lá há coisa de uma semana atrás, mas vamos antes focar nesta ternurenta preocupação fraternal que fotos do meu piru selvagem vazem para as internetes à disposição do comum mortal, para me juntar a todo um role de celebridades - tipo a Jennifer Lawrence - com nudes publicados na internet por circunstâncias adversas.

FML.

Já agora, se por um acaso perdessem agora mesmo o telefone, teriam lá fotos... comprometedoras?

Sabes que és gay quando:

terça-feira, 11 de novembro de 2014


Tens uma diva.

Sejas Old school, e vás para uma Madonna, uma Cher, ou uma Liza Minnelli, um bocado mais moderno, e enveredes por uma Beyoncé, uma Katy Perry ou uma Lady Gaga, ou até alternativo, e vás na direção de uma Alanis Morisette, uma Dolly Parton ou uma Maria Rita.

Até podem ser polígamos e ter mais que uma, mas a diva, está lá.

Blogaysfera, elucidem-me:
Qual é a vossa diva?
E qual é o fenómeno por trás dos homens gays e das suas divas?
(Isto tudo porque a Marina está tão diva no video novo, que tive que vir a correr partilhar)

O mundo é das crianças [desafio]

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Ora bem, o Bratz indicou-me para este desafio, e cá venho eu responder. Não vou nomear 4 blogs, porque não sei de quem tenho mais curiosidade de saber estas coisas por isso fiquem á vontade para responderem todos os que me lêm (daí não aparecerem nem o ponto 7 nem o 8).

1- Quais eram suas 4 brincadeiras prediletas em sua infância?
Ehrm Bem, enquanto criança eu era assim meio criativo, então acabava inventando brincadeirinhas com os amiguinhos e amiguinhas

  • Brincava muito às casinhas, e a todos os derivativos possiveis e imaginários, restaurantes a fingir, médicos a fingir, quintas a fingir, tudo a fingir. desde que desse para construir uma cabaninha e ficar horas entretido, servia, erda definitivamente a minha brincadeira favorita, usar da imaginação.
  • Brincava muito à apanhada.
  • Fazia concursos de canções danças e assim - graças a Deus que não existiam smartphones pra gravar aquelas desgraças -  e depois dávamos troféus aos vencedores.
  • Mímica -  don't ask.


2- Quais foram seus 4 filmes prediletos em sua infância?


  • A pequena sereia (volta e meia revejo, e tenho uma pequena obsessão por sereias desde que me lembro)

  • Rei Leão


  • Em busca do Reino Encantado (ainda choro litros cada vez que vejo a mãe dele morrer)



  • Matilda, a espalha Brasas. Eu vi este filme, tantos milhões de vezes, que de vez em quando ficava convencido que tinha poderes telequinéticos.



3- Qual era o medo que você tinha?
Hm... Sinceramente, nunca tive medo de nada? Sei lá, acho que fui uma criança meio abestalhada e não tinha motivos pra ter medo de nada.

4- Qual era o seu desejo de consumo?
Brinquedos.Dependia do que surgisse naquele ano, mas nenhum em especifico que tenha me marcado, mesmo que não o tenha recebido.
5- Quais eram seus personagens infantis favoritos?


Sailor Moon (até hoje ainda adoro)
Son Goku
Pato Donald
(Lia todas as revistinhas da Disney, mas as do Pato Donald e companhia eram as minhas favoritas)

A turminha da mónica. Tinha uma especial predileção pela Magali, mas gostava de todos por igual.


6- Comparando as crianças daquela época com as atuais,em seu ponto de vista, qual ponto positivo e negativo?
Ponto negativo- As crianças não sabem brincar. Querem crescer muito depressa e não aproveitam pra ser crianças, perderam a imaginação. Vejo fedelhos com 12 anos que já fazem coisas que eu nem com 17 fazia.
Ponto positivo- Têm um acesso mais fácil a coisas que nem existiam há 15 anos atrás. Estão expostas a tecnologia e informação que usadas da forma certa proporcionam muitas oportunidades.

9- Postar uma foto de infância ou algo que fez parte de sua infância
Eu estava sempre a desenhar. Sempre. Tenho duas pastas cheias de desenhos guardada no armário de casa com pequenas pérolas destas.

E pronto, já sabem um pouco mais sobre mim :P

Se foda - ou a odisseia da exclusividade

sábado, 8 de novembro de 2014



Olho para trás e lembro-me quando comecei esta coisa dos encontros.

Entrei meio a medo, com a minha faceta romântica no auge da sua imbecilidade, completamente convencido que era uma coisa temporária, que como em qualquer rom-com, em meia hora encontrava alguém,, e com a mesma facilidade que compro calças em saldos encontraria um rapaz interessante.

Toda a vez que conhecia um rapaz, saíamos uma vez, automaticamente "escusava-me" do mercado dos encontros.
Deixava completamente de ponderar qualquer tipo de procura por alguém.
Na minha cabeça, dois dedos de conversa, um café e uma queca eram o equivalente a estar nalgum derivado de relação séria.
Depois, quando inevitavelmente não dava em nada, porque não tínhamos nada a ver,e o mandava à vida dele ou levava uma tampa astronómica, ficava extremamente infeliz e miserável, até aparecer o próximo e repetir o ciclo.

Comecei a deixar de acreditar em exclusividade eventualmente, e a deixar as coisas rolar.

O que me leva à pergunta do post:


Quando é que é a altura certa para pensar em exclusividade?
Há um mínimo ou máximo de encontros com a mesma pessoa, antes de se ponderar a hipótese de sair do mercado?

E nada de respostas "isso é muito relativo".

Honey, I'm home

sexta-feira, 7 de novembro de 2014


Volteeeeeeeeeeei!
Bem, tecnicamente ainda não é hoje que vos presenteio com um post decente - de vez em quando faço um, tá? - , mas é só pra saberem que estou aqui com mil ideias para posts - sim, já vi o desafio Bratz :P. - mas não vai ser hoje que as escrevo, tenho que me aperaltar e aproveitar a lua cheia.

Instintos Homicidas

segunda-feira, 3 de novembro de 2014


3 semanas sem o computador, um orçamento bastante desagradável, um reparador lerdo, pouco sexo e praticamente nenhum chocolate.
Se ouvirem falar de um atentado terrorista por estas bandas, provavelmente fui eu.