Lazy Monday

segunda-feira, 31 de março de 2014


Não fiz nada nem me apeteceu fazer nada.
E ia postar aqui, mas o meu cérebro está em hibernação com esta trovoada.
Dou-vos música, e vou continuar a minha odisseia de escolher roupa para comprar.

Pedido de Namoro


A minha parte amargurada:
"Ai que piroseira do demo"
A minha parte romântica:
"Ai era tão maravilhoso que me fizessem isto a mim"
A minha parte realista:
"Hmmm pensando bem eu ia ficar histérico. era melhor não me fazerem isto não"

The voice Portugal

domingo, 30 de março de 2014



...a provar que Portugal ainda produz bom azeite.

The Voice Portugal:

Num comentário:

Yah.... Tipo.... Não.
Mickael Carreira, Anselmo Ralph, Marisa Pinto e o Rui Reininho combinam tanto como sardinhas, morangos, licor de amêndoas e ameijoas.
Não quero ser daquelas pessoas más que diz "Ah e tal no estrangeiro é tudo melhor" maaaaas... no que toca a programas de talentos... é verdade.

Fim de semana (II)


Lá fora estava muito frio.
Puseste a música a tocar, cada nota a ecoar suavemente pelo quarto, enquanto deitávamos conversa fora baixinho.
Deitei-me completamente vestido na cama e senti-a debaixo de mim suave como uma nuvem, deixando todos os meus músculos relaxar ao mesmo tempo.
Olhei para o teto e suspirei.
Adoro esta música
Também eu...
Sentaste-te junto a mim.
Mais perto do que necessário... tinhas bastante espaço livre na cama.
Mas não me queixei, antes pelo contrário.
Sorri satisfeito.
Estás cansado?
Não, mas sabe-me bem estar aqui deitado...
Temos que ir fazer o jantar.
Disseste-o com o tom de voz menos convincente que já ouvi.
Tocaste-me no nariz em jeito de brincadeira, enquanto fingias tentar decifrar a cor dos meus olhos.

Os teus olhos castanhos e pestanudos sondavam-me, senti-me exposto.
Como se estivesses a ver para lá deles, diretamente para a minha consciência.
Não desviei o olhar.
Gostei da vulnerabilidade.

As nossas pernas tocara-me distraidamente e dei-te a mão, enquanto nos aproximávamos lentamente.
Ao fundo a música continuava a tocar, contando histórias de amor numa melodia melancólica.
A minha mão passeava pelas tuas costas lentamente, deixando-te com pele de galinha.
Adoro esta música.
E antes que respondesses, roubei-te um beijo, deixando que as nossas pernas se entrelaçassem e que o pelo da tua barba me fizesse cócegas nas bochechas.
Lá fora estava muito frio, mas eu tinha-te a ti.

Disto da mudança de hora

sábado, 29 de março de 2014


Não gosto está mal e quero propor um abaixo assinado para não me roubarem horas de sono de beleza.

Consumismos de uma tarde de primavera

Ou, "vamos adicionar coisas ao perfil do fashiolista, sempre é mais barato do que efetivamente comprar alguma coisa"
Então, já tenho este:




Agora para combinar era bom isto:

isto:
isto:

e isto

(ASOS, riverisland, ASOS e 80's purple respectivamente)
(Se alguém quiser mandar o rapazinho da Tshirt, não digo que não)

Gosto de gostar de pessoas


E não há nada a fazer.
Nada como uma conversa simpática para me melhorar automaticamente o dia chuvoso e gelado - São Pedro, já é primavera, podes mandar calor que eu já só tenho Tshirts no armário, Okay?

Momento de sabedoria da noite

sexta-feira, 28 de março de 2014

Pois, têm um problema.
Não têm tanto sexo, e eventualmente levam com os patins porque ninguém gosta de pessoas grudentas num relacionamento.

Em público é bom?



Aqui há uns anos, chamaram-me homofóbico.
Isto passou-se num fórum, quando numa conversa, um dos membros - gay - resolveu contar muito feliz e contente, de como gostava de ir para a porta da igreja lá da terrinha comer o namorado, e que adorava ver as velhotas chocadas e o caraças.

E eu, muito simpaticamente - okay, moderadamente, não muito - disse-lhe que achava isso uma imbecilidade, porque uma coisa é demonstrações de afecto, dar uns beijinhos, e uns abraços ocasionais, outra é andar ali feito cão no cio no meio da rua, porque isso incomoda as pessoas à volta, e é completamente desnecessário.
Passada meia hora, um outro membro - também gay - mandou-me uma mensagem muito indignado a dizer que eu devia ter vergonha na cara e que estava a ser um grande homofóbico.

Suspeito que sofresse do síndrome da bicha perseguida,  mas não deixei de achar piada na altura, a ironia da coisa.

Lembrei-me disto, quando o meia noite - que me vai pagar 1000€ por despesas de publicidade - num comentário ao post anterior, disse que as gerações mais novas - suponho que seja de gays - são bem mais ousadas e que se assumem com maior facilidade e blablabla.

E é verdade que estão mais ousadas... mas não sei até que ponto isso é benéfico.

Porque o que vejo muito por aí são miudinhos novinhos, ainda mal saídos das fraldas já a fazerem coisas que eu com essa idade nem sabia que existiam, mais pela necessidade de se provarem, numa espécie de competição por atenção, do que pelo afeto em si.
Para além do mais, é uma falta de respeito andar ali no esfrega esfrega em público.
E isto aplica-se a gays héteros bis e tris.

Ousadia sim, mas pouca vergonha...

(E sim, ando com falta de ver o novo episodio da Drag Race, processem-me)

A cura gay

quinta-feira, 27 de março de 2014



Acabei de ver um documentário do channel 4, “Undercover doctor - Cure me, I'm gay, (que recomendo a quem gostar do género)

Basicamente, seguimos Christian Jessen, um doutor, homossexual assumido – e confortável com isso - , que resolveu submeter-se a diversas “curas” para a homossexualidade que existem em cada vez maior número nas comunidades religiosas americanas e britânicas, para mostrar o que os gays passam para se “curarem”, e se tornarem felizes e realizados "Ex-gays" com mulheres e filhos.
E o que vi indignou-me.

Desde exorcismos, a terapias de choques, passando por repressão e “reabilitação” dos “impulsos errados” viu-se um pouco de tudo o que a sociedade em pleno século XXI tem para oferecer ao gay em busca de "tratamento" nos 47 minutos de documentário.

Os “pacientes” entravam nessas terapias, algumas muito cientificas no papel – mas verdadeiros contos do vigário em boa realidade – assustados e desesperados por mudar, enquanto pagavam fortunas a verdadeiros burlões que lhes diziam que o que sentem naturalmente, é errado.
Contranatura.
Um pecado.
Uma vergonha.

Talvez me enerve mais, porque numa altura da minha vida, também eu quis ser normal.
Porque eu já tive o mesmo medo que eles.

Lembro-me como se fosse hoje, de ser um miúdo assustado, nos meus 15 ou 16 anos, desastrado desengonçado e desenquadrado, e querer desesperadamente ser heterossexual.
Porque seria tudo melhor se não fosse gay.

E a verdade, é que se, naquela altura, se me oferecessem uma promessa de conversão, uma forma de me tornar 100% hétero, uma... cura eu tomava.
Porque ninguém me dizia que ser gay não é doença, nem uma anormalidade.

Não queria ter de lidar com os constantes “paneleiro”, “maricas”, “bicha” que eram soltos (com aquele veneno que só adolescentes hormonais conseguem libertar) à minha passagem.
E vivendo numa comunidade não muito recetiva, sem grande acesso a informações ou pessoas com as quais partilhar estas aflições, achava que tinha um problema, era a única explicação.
Porque ser gay não estava na moda na altura. 
Cá em baixo no sul não se viam casais na rua e tampouco nas novelas.

Desenvolvi uma carapaça de sarcasmo e uma resposta rápida que ainda hoje se aciona mal me sinto desconfortável, para não deixar que me vissem em baixo.
E tentava agir de forma máscula – o que obviamente nunca resultava, dando azo a ainda mais gozo – não usava cores vivas, não me preocupava com o cabelo, e vestia a roupa toda 2 tamanhos acima, tudo numa tentativa triste de ser hétero... ou pelo menos de não repararem em mim e me deixarem em paz.
Tentava ter namoradinhas, e ignorar a atração natural que sentia pelos colegas jeitosos que faziam capoeira na minha turma, e as tentativas de paixonites pelas amigas – que eram sempre coisas platónicas – eram constantes.

E vivi assim uns anos, sempre reprimido pelas mesmas vozes que me diriam que precisava de me curar.
Eventualmente cresci e percebi que não havia nada de errado comigo.

Eu sou o Miguel, tenho 24 anos e sou gay.
Para vocês que estão a ler, isto é uma afirmação chata e desnecessária – quanto muito, pelo título deste blog - ... mas para mim é sempre libertador, a primeira vez que digo isto a alguém, e não me sinto mal com isso.

É a minha cura pessoal.

Beyoncé, Why don't you love me?


Acabou de me ocorrer que amanhã é o concerto da Beyoncé, e não vou.então vou me jogar da janela.
....ok
eu pensava que não podias ser mais gay.
mas depois disseste isso

Oh paaah xD
She's my diva,
so shush.
beyonce? a serio?
like... ew

E não vou por aqui a parte em que ela gozou comigo até à morte quando eu disse que provavelmente sabia partes da coreografia da single ladies.
Que é uma coreografia muito artística okay? hunf!

É só para verem que eu sofro Bullying dos meus próprios amigos.
Ainda pra mais quando é uma coisa séria destas e uma pessoa está aqui sensibilitada.
Vou ficar em casa comer chocolates e deprimir em roupão o dia todo, enquanto penso que a vida é injusta e que devia viver mais perto da capital e não ser um teso do caraças. 😢
E vocês, pessoas que estão prai a fazer inveja "ah e tal vou ao concerto" :
 Tô dji olho beeshas.

Dedicatória



Deram-me uma fita de curso para preencher.
Dizem que gostam das minhas fitas. que digo coisas bonitas.
Mas a verdade é que ando sem coisas bonitas para dizer.

E não sei bem que dizer á desgraçada da rapariga.
"Parabéns pelo curso, bem vinda ao desemprego" é a única frase que me assola as ideias há mais de 3 semanas...

Suspeito que vá dizer todo um chorrilho de lugares comuns até ficar sem espaço na fita, porque acho que ela não quer que lhe preveja um futuro negro na fitinha amarela que mandou pelo correio, à espera de receber lindas palavras e bonequinhos em caneta de feltro.

Que tipo de bicha é o seu filho?

quarta-feira, 26 de março de 2014


Portanto, segundo isto sou uma "bicha família"
(Adoro este vídeo de morte)

Miguel a cores [TMI IX]



Ai coelhos, vocês são uns cuscos.  Agora querem-me por vermelho de vergonha com esta coisa das cores hein? vamos lá:

1. Qual é a tua cor favorita?
 Azul. Tecnicamente gosto de todo o espectro de cores frias, mas o azul é mesmo a predileta, algures pelos tons do turquesa.
2. De que cor são os teus olhos?

Digam-me vocês, que eu nunca sei. eles mudam consoante o tempo e assim. são esquisitos.
3. De que cor é o teu cabelo?
 Castanho escuro. Quando era piqueno era aloirado, mas a minha mente corrupta até o escureceu.
4. De que cor é o teu quarto?
Às cores. uma parede aqua, uma parede cinzenta, uma verde claro e uma azul bebé.

5. Qual a cor que te assenta melhor?
Pffff tudo me fica maravilhosamente bem ahaha.
Sei lá, acho que as escores mais escuras assentam bem a toda a gente, mas acho honestamente que tem tudo que ver com os contrastes.
6. Qual é a cor que nunca usas?
 Verde neon. Não tenho nenhuma peça de roupa com essa cor, nem gosto particularmente. É muito mau eu ter demorado imenso tempo a pensar? o meu armário parece um arco-iris, há de tudo praticamente tudo pah.
7. Como escolheste a cor do teu carro?
 ... pelo preço. isto não há cá espaço pra picuinhices. Quando for rico e comprar um carro só meu de alta gama logo escolho a cor.
8. Alguma vez ficas verde de inveja?
De vez em quando fico com inveja de pessoas que têm oportunidades que eu não tenho, mas nada daquelas invejas de me andar a remoer semanas com isso, é tudo muito imediato Não devo chegar a ficar verde, deve ser mais pro amarelado.
9. De que cor é a tua personalidade?
Multicolorida. um arco iris de emoções, que consegue ser relaxado e eufórico ao mesmo tempo. :P
10. Quanto gostas da Cyndi Lauper?
O suficiente para pôr a música acima como tema pra este post :P
BONUS:
Pelo grisalho é sexy no __________, no _________, mas nunca no __________.

Pelo grisalho é sexy no namorado, no amante, mas nunca no avô.

Homem meu...

terça-feira, 25 de março de 2014

...tem de ter tanta ou mais vontade que eu de espancar a Carolina Patrocínio com um cinzeiro de metal.

coração reciclado



Ontem, um ex veio-me falar.
Disse-me que estava com saudades, que sentia a minha falta.

E embora não tenha sido uma coisa muito séria - Tivemos um casinho que começou ia alto o Verão e acabou por arrefecer com a mudança de estação, quando ele voltou para a terra dele com a certeza de não mais cá pôr o pé em baixo - eu fiquei com o coração na boca.

Porque...

Não sentia a falta dele. Nem um miligrama.

E não soube como lho dizer.
Porque não tinha aquela desculpa comum de ter conhecido alguém para preencher o vazio no coração.

... Porque não tinha vazio nenhum no coração.
Nem uma mossazinha.
Não me lembrei dele durante meses, e se ele não me viesse dizer "Tenho saudades tuas estúpido" Continuaria sem me lembrar dele, feliz e contente no meu cantinho.

Eu sei que ajuda não ter sido uma coisa séria, mas isto pôs-me a pensar, que o coração é o material mais reciclável à face da terra.
Ou então, o meu tem defeito.

Já agora deixo a pergunta:
 Existe um "demasiado cedo" para seguir em frente?

O problema de dormires* com alguém


É que na semana a seguir, quando voltas à tua cama vazia, sentes-te do tamanho de um bago de arroz sem o corpo dele ao lado, parece-te subitamente estranho só haver um par de pernas na cama e só ouvires a tua respiração á noite.
Ou se calhar sou só eu.
*ênfase no dormir mesmo. seus badalhocos.

O cibernauta

segunda-feira, 24 de março de 2014



Conhecemo-nos aqui nos blogues.
Não foi nada especificamente romântico, nem fui com ideias disso.

Ele estava com males do coração e eu a dada altura ofereci-me para ser confidente, porque sei lá, me identifiquei com algumas coisas que se tinham passado com ele, e não digo que não a uma boa conversa, e a verdade é que tenho grandes e bons amigos que já fiz via internet há anos.

Começámos a falar casualmente, sobre tudo um pouco, desde relacionamentos passados até problemas familiares, e gostei.
Gostei daquela ilusão de o estar conhecer.

As conversas escalaram de intensidade rapidamente, e em vez de serem umas horinhas ao dia, passaram a ser basicamente sempre que ele estava fora do trabalho ou das aulas, quando lhe apetecia, falávamos, e queria saber quando eu ia dormir e estava acordado.
Estava carente.
E eu também, logo não me pareceu nada desconfortável.
Em retrospectiva, talvez devesse.

A dada altura, ele fez-me o convite, para ir passar um fim de semana a casa dele em Lisboa. "Vamo-nos divertir imenso, e vamos ao cinema X, e vamos sair com A B e C e mostro-te Y e W e Z".

Ainda estive reticente por uns dias, mas lá acabei por comprar o bilhete.
Afinal um passeio é um passeio, e só ainda não tinha ido passear a Lisboa mais cedo por não ter onde ficar.De caminho conhecia-o, e o resto... logo se via, era um acréscimo.

Lá me meti num autocarro e fiz a viagem, e a partir daqui, começou uma daquelas comédias românticas ao estilo do Woody Allen(daquelas que deviam ser românticas mas nunca são?).

Chegou vindo do trabalho, e levou-me para o metro.
 Tudo muito formal e muito... coisinho, aperto de mão, "desculpa a demora atrasei-me" e por aí.
Não estava á espera de um mar de elogios, mas a primeira frase que recebi concretamente direccionada a mim foi "essas sapatilhas são horríveis".
Resolvi levar na desportiva e rir com o assunto. afinal estava podre da viagem, queria era sentar-me algures e descansar.

Pela viagem até casa dele, mal me dirigiu a palavra. mandou-me uma sms a dizer que falávamos em casa, que não se sentia á vontade no metro.
"Okay, se calhar é muito tímido".

Chegados a casa, poisei as minhas malas, e lá me convenceu a mudar de sapatilhas. (suspeito que as minhas all stars vermelhas lhe faziam urticaria).
Resolvi continuar a levar tudo na desportiva, como já devem ter percebido, não tenho paciência para me chatear com coisas mínimas sinceramente.

Comemos qualquer coisa, e fomos tomar um café, com a colega de quarto dele - que é imensamente amorosa e me lembra uma grande amiga minha - sempre com aquela sensação estranha de estar no sítio errado à hora errada.

O tempo estava tão bom como aquele desastroso primeiro encontro, e eventualmente apanhámos uma chuvada enorme no caminho de volta para casa.
E o dia passou-se todo, e ele mal me dirigiu a palavra.

Okay, frisemos, não estava á espera de nenhum romance da harlequin, sou bastante razoável e realista, mas fazer três horas de viagem para depois chegar ali e falar o dia todo com a colega de quarto do teu encontro, não é propriamente a fantasia erótica de nenhum homem -gay hetero bi ou tri.

Fizemos o jantar -Okay, tecnicamente fui mais eu, mas estava desesperado por fazer qualquer coisa para me ocupar, então até nem foi grande sacrifício - e depois jogámos ás cartas, sempre com aquela conversa morna, contida, e sempre com a desgraçada da rapariga como elo de ligação.

Já a madrugada vinha a chegar e fomos ver um filme.

Os três.

A dada altura comecei a ponderar se a ideia era fazermos alguma espécie de menage a trois os três, e eu não tinha recebido o memo.

Sentámo-nos - os 3 - e ele ficou bem ao meu lado.
Já passava da meia noite, e sinceramente já não estava muito bem a perceber como haveria de reagir na presença dele, afinal mesmo depois de lhe tocar duas ou três vezes na perna, recebi a mesma resposta que receberia se estivesse sentado ao lado dum cadáver.

Pára-se o filme a meio, e vão os dois conferenciar não sei pra onde.

E à uma e tal da manhã, lá me disse, pelo meio de muita conversa politicamente correta, que não estava interessado(O que honestamente, não se afigurou como grande surpresa pelo andar que a coisa levava.) e que não sentiu o clique, e que fez muitos planos na cabeça dele e depois não foi como ele queria.
Que me podia compensar, sei lá , pagar-me a viagem, e ir-me levar ao metro.

E levei na desportiva. afinal, não assinámos nenhum contrato, e não nos conhecíamos há tempo suficiente para me devastar a auto estima com uma tampa -quantas vezes já me tinha jogado da ponte se fosse assim tão fácil?  - Falei com dois ou três amigos nas "redondezas" para arranjar onde ficar - que arranjei, já agora - porque não era um encontro fracassado que me ia lixar os planos.
não mesmo.

Fiquei a dormir na cama dele, e ele foi dormir com a colega (surprise).

No dia seguinte, depois do pequeno almoço, deu-lhe a pressa.
Aquela conversa toda muito bonita dos elogios por piedade e nhenhenhe foi-se com os porcos e queria-me fora dali cedo cedinho.

Tinha que ir estudar, e não podia ficar o dia todo á minha espera para se despachar - mesmo depois de eu lhe dizer que não me tinha que ir levar a sitio nenhum, e que estava à espera de confirmação de outro lado (porque as outras pessoas também têm uma vida delas né).
Afinal, tinha um dia atarefado pela frente. (Isto depois de escolher especificamente aquela data por não ter o que fazer de muito urgente, acho que pensou que deixei o cérebro em casa antes da viagem.)


Fiz a minha malinha, meti-me no metro e fui à minha vidinha.
Mandei uma mensagem a agradecer as direções, e a dizer que gostei muito de conhecer a colega de quarto, ao que recebi uma linda mensagem toda muito "trabalhada na elegância".
"(...) Desculpa a má onda, sei que és um ser humano e não te tratei com o máximo de respeito que pensei. (...) Espero que tenhas sorte na vida(...) "

E percebi, que ele fez confusão, afinal é perfeitamente natural.
É que ele pensou que eu era uma camisola, que vês online, gostas da cor da foto, e o modelo até parece interessante, mas depois ao vivo não te serve ou não é da mesma cor.
E depois queres te é livrar daquilo, pagar os portes e devolver à loja.

E eu nem ia falar disto aqui provavelmente tão cedo, até reparar quando cheguei a casa, depois do melhor fim de semana de há um bom tempo, bem longe da capital, que o moço foi a correr apagar-me dos migufos do facebook.

Acho que estava com medo que lhe fosse pedir o dinheiro da viagem.


Se voltava a repetir?
Voltava. 
Ir à aventura sempre foi "a minha coisa", e sem arriscar não há piada.
Verdade seja dita, mal ou bem, ao menos passeei - até já sei ir a um continente na capital, hein! - e se não fosse este desastroso primeiro encontro, não tinha aterrado em Tomar.

"E a compensação?"  Perguntam-me vocês
Olha fica-se por este post aqui no blog.
Sai-lhe mais em conta e tudo.

Fim de semana

domingo, 23 de março de 2014



Tenho a cara toda vermelha (a barba senhores, ai aquela barba) , tenho marcas de arranhões , e ainda sinto o sabor da boca dele na minha.
É escusado dizer que me saiu melhor que a encomenda.
(Tenho que contar a parte mais gira do fim de semana mas isso é amanhã que hoje aborrece-me)

Sabes que és gay quando:

sexta-feira, 21 de março de 2014


Vês isto e só a tua reação mental cronológica é:
  • Uh, gosto dos stilletos vermelhos.
  • Pelo titulo, isto deve ter um gajo jeitoso algures né?
  • Uh, acho que conheço aquela gaja loira de outro videoclip.
  • Mas que raio de ginásio é aquele onde se faz tudo de saltos altos? Quem é que lhe deu licenças de instrução?
  • E não há gajos?
  • Mas porque é que ela esta a pegar nos saltos altos e a imitar uma minhoca? que raio de posições sexuais andará ela a fazer em casa praquilo ser considerado útil?
  • Elas estão suadas ou é o sistema de incêndio?
  • Isto era giro era com gajos.
  • A Kylie é uma diva. ( mesmo com autotune)

Aventura

quinta-feira, 20 de março de 2014


Já fiz as malas.
Já comprei o bilhete.
Amanhã lá vai o Miguel no autocarro pra Lisboa.
Se virem um gajo jeitoso e musculado com uma mala de viagem na estação... provavelmente não sou eu.

Aquele momento

... Em que digo que não, não vejo Game of thrones, e toda a gente olha para mim, como se tivesse dito que como criancinhas estufadas.


Cuidado com a pica senhor doutor [TMI VII]

quarta-feira, 19 de março de 2014


Eu até nem  ia responder a isto hoje mas estou tagarela, fazer o quê?
Os sodotores coelhos deixaram o desafio e eu olha pimpa pimba na fofinha.


1. Lembras-te de brincar aos médicos quando eras criança?
Hmmm Por acaso aos médicos acho que nunca brinquei. brincava às casinhas e assim. aos médicos nunca me deu para brincar.
2. Quando escolhes um médico, o género ou orientação sexual é um factor a ter em conta?
Não.... quer dizer, estamos a falar de um médico para me atender como? :P
3. Como te sentes em relação a agulhas?
DETESTO. Não é tanto o medo de agulhas em si, é o vê-las a entrar e assim. Com 24 anos ainda tenho que olhar para o outro lado sempre que tiro sangue ou levo vacinas e pensar em coisas mais felizes, ou dá mau resultado.
4. Todas as mães gostavam de ter um genro médico. O que achas de namorar um médico?
Não sou daquelas pessoas que ligue á profissão do respetivo. vêm moços solteiros deste país? até nem sou esquisito :P Vá, mas desde que seja porreiro não vejo porque não. Se fosse daqueles cocózinhos que tiram medicina e pensam que são superiores a toda a gente por causa disso, porta errada.
5. Quem vai ao médico (ou veterinário) primeiro, tu ou o teu animal de estimação?
Em casa só tenho periquitos e um peixe, logo nunca fui com eles ao médico. logo... vou eu.
6. Consideras-te um bom paciente?
Sim, não reclamo a levar a pica, mesmo que seja grande. AHAAHAHAH xD brincadeirinha, sim, sou bom paciente, costumo confiar nos médicos e seguir os tratamentos... até me sentir melhor e me aborrecer... okay se calhar não sou assim tão bom paciente.
7. Já foste a algum cirurgião plástico?
Não.
8. Se o dinheiro não fosse problema, que cirurgia plástica/estética farias?
Hmmm honestamente? Nunca pensei muito nisso. Acho que as coisas que gostaria de mudar fisicamente precisam mais de força de vontade do que de bisturis.
9. Como te sentes quando vais ao dentista?

vamos por partes. tenho uma resistência anormal a anestesias, então sempre que é para levar anestesia, levo sempre mais do que deveria e estou a meio de levar com a broca e sinto umas dores maravilhosas, acabando por levar mais uma dosezinha, até a minha linda cara parecer a da Betty Graffstein. ainda esta semana parti um dente e não quero lá ir porque já sei o que vai sair dali... pralem de uma mão cheia de dinheiro do meu bolso, né.

BÓNUS
Ainda brincas aos médicos?
Hmmm... já vesti uma bata de laboratório nos entretantos, conta?

Enquanto isso na Áustria...


...Fazem-se canções decentes para ir à Eurovisão.

Este ano vou dizer que sou doutro país só para não ser associado à varrasquice que foi a "nossa canção".
 ...Aliás, todas as nossas canções.

E não, não gosto da música só por ser uma pessoa LGBT a cantar. pelo amor da Santa.

Pistantrofobia



E eles vão e vêm.
Entram na minha vida como brisas doces de Verão, promessas e surrisos, e saem como rajadas de vento nórdico, que me congelam temporariamente com os seus uivos.

E por esta altura já devia ter aprendido alguma coisa.

Devia usar as cicatrizes como armadura no coração, contra promessas e sorrisos bonitos. Devia fechar os portões e ser cauteloso.
Mas não consigo.
Não consigo deixar de gostar de gostar de pessoas.
De precisar de amar. Uma dependência que acabo por satisfazer mal me aparece a hipótese.

E sei que o próximo que vier, me vai dar a volta à cabeça.
Que me vou jogar de cabeça e cruzar os dedos à espera que dê certo.
E sei que acabo por partir o pescoço figurativo, e acreditar que o próximo é que é amor.
Porque amo demais.

Li que Pistantrofobia é o medo exagerado de confiar nas pessoas, devido a experiências negativas do passado.
Eu chamo-lhe inteligência emocional. E preciso de alguma, urgentemente.

Momento surreal


Então, o casado agora mesmo manda-me mensagem a pedir explicações de porque é que não lhe falo quando o vejo.
E está deveras indignado.
E eu estou a ter um ataque de riso como há muito não tinha.
Mas esta gente anda nas drogas?
Juro, estas merdas só a mim.

Parabéns xuxu!

terça-feira, 18 de março de 2014


Não te queria escrever porque tivemos uma relação muito conturbada.
Magoaste-me muito.

Primeiro ficaste enrabichado com aquela pindérica da Victorias Secrets a quem eu desejei ardentemente um bom par de Hemorródias.
Acabaram tudo e o meu coração palpitou de emoção.

Depois vieste a Portugal quando eu estava a trabalhar e não te pude ir ver.
E eu andei aqui uma semana a chorar baba e ranho por não poder ir ao teu backstage... do concerto.

E agora tens o desplante de te ir casar com uma desenxabida qualquer, mesmo sabendo que pronto, somos almas gémeas.

Mas basta tirares a camisa e mostrares as tatuagems que perdoo-te tudo.


Parabéns Adam Levine, com 35 anos estás aí fresco que nem um croissant, e ainda fico à espera que me venhas aqui mostrar as tuas moves like jagger, numa sunday morning para que eu de manhã te diga que preciso de one more night para experimentar this love.


(e sim, eu sei os nomes das canções todas do meu Adam, não julguem.)

Demasiado Gay


Há um um ideia comum sobre as pessoas gays que nunca cessa em deixar-me... lixado.

Se és um homem gay, as pessoas esperam que sejas uma menina.
Tens de querer brincar com "brinquedos de menina" enquanto cresces.
Nunca vais querer praticar desportos, és demasiado frágil, gostas de coisas brilhantes, de maquilhagem e decoração de interiores, e dedicas demasiado tempo ao teu cabelo para ser "normal".

Toda a tua masculinidade está perdida, algures além do arco íris.... o da bandeira gay, obviamente.

Se fores uma rapariga lésbica... bem, acho que já perceberam o ponto.

Mesmo sem ser completamente racional, a ideia pegou, qual mancha de vinho na toalha branca do anúncio de Vanish oxi action.
E é um bocado ofensivo. Não completamente ofensivo, mas ofensivo de qualquer maneira.

Se calhar vem tudo explicado no "manual prático de homossexualidade: truques e dicas para ser um gay mais feliz." mais ainda não li, e a minha cópia se calhar perdeu-se no correio, ou então só recebi o capítulo referente a pénis, que sigo religiosamente.
Porque gosto do meu... bastante. Aliás, gosto de pénis num geral, ponto final.

Só porque gosto de homens não quer automaticamente dizer que vou assumir o papel de mulher porque... não quero ser uma.

E as pessoas esperam que te encaixes um bocado nesses papeis pré definidos, porque é mais fácil de entender.
E quando não te encaixas lá, ouves o popular: "Tens a certeza que és gay? Não pareces gay".

Pela mesma bitola, quando tens um comportamento mais extravagante, lá vem o típico "isso foi tão gay".

O que não deixa de ser engraçado, porque num segundo, gay passa de substantivo a advérbio, e nunca no melhor dos sentidos.

O que me leva à pergunta:

Mas há alguma escala para medir o nível de gay? É como os pokemons e tem níveis? (Se fosse um nível, que nível davam ao vídeo acima?)
Quando é que uma pessoa é "Demasiado gay"? Isso existe?
Satisfaçam-me a curiosidade.

Claro que isto tem tudo que ver com as bases da nossa sociedade serem ainda um bocado machistas e haver toda aquela necessidade de atribuir identidades de género a um individuo e blablabla, mas não quero a explicação a um nível sócio cultural. Quero saber por palavras vossas, e da vossa modesta opinião.

És um totó.

segunda-feira, 17 de março de 2014


E fazes-me rir.
E tens sinais.
E gosto de ti.
E coiso.

"Aguarde um bocadinho enquanto transfiro a sua chamada"



Viva o ping pong das linhas de apoio a cliente que passam horas a encaminhar duma ponta á outra, e pralem de serem caras comó caralhete têm música de fundo cafona.

Boring.

Sábado

domingo, 16 de março de 2014


Oh merda, o portão tá fechado
Mas não tens chaves?
Só tenho a chave de casa, não tenho a do portão
'Sa foda, a gente salta.
Por isso se viram um jovem misterioso ligeiramente alcoolizado a saltar um portão duma moradia em Albufeira ás 3 e meia da manhã, não era um assaltante. era eu. E sempre foi mais interessante que ver o Festival da canção, diga-se de passagem.

Romances.

sábado, 15 de março de 2014


Eu sou daquelas pessoas que reclamam quando os filmes têm um final feliz, mas que ficam imensamente deprimidas quando não têm.

História de (Des)encantar

sexta-feira, 14 de março de 2014


Há muito tempo atrás, vivia num esplêndido reino muito muito distante, uma linda princesa chamada Diana.
Vivia num lindo castelo com os seus pais, o rei e a rainha  e era muito feliz cheia de mimos e atenção. Tinha um pónei chamado Arco-íris que ganhou no seu sétimo aniversário. 
Cresceu feliz e saudável para sempre e eventualmente ficou rainha do reino.

Fim
... Okay. se calhar não foi há muito tempo atrás. Provavelmente foi no mês passado.

E o reino não era tão distante... era mais ou menos uma democracia e chamava-se Portugal.

E se calhar, a Diana não vivia num castelo, era mais um orfanato do estado, sem pais - que ou morreram ou a abandonaram- com mais 30 príncipes e princesas nas mesmas circunstâncias.

E se calhar quando fez sete anos não ganhou um pónei, ganhou roupa usada - E a Diana não se importa, afinal tem 7 anos, e já se habituou a ser feliz dessa forma, como só as crianças sabem.

E se calhar não cresceu feliz e saudável cheia de mimos e atenção, afinal por muito boa vontade que haja, uma instituição pública é uma instituição pública, não é uma casa. E os anos passam e ninguém leva a Diana para casa. porque já é muito velha para ser adotada, ou porque é muito reguila, ou porque não combina com o resto da família.

E a Diana vai ficando e brincando aos príncipes e ás princesas na imaginação dela.

Enquanto isso, não muito longe dali, um casal de duas senhoras, a Fernanda e a Sílvia, dava um braço para adotar a Diana. mas não pode, porque não deixam.
Porque ir viver com duas "fufas" não é família. Muito menos com dois "panilas" - sim, que esses são todos pedófilos, não sabiam? li na internet..

E eventualmente a Diana cresce e passa uma vida sem família nenhuma, porque mais vale isso que ser influenciada por um casal homossexual, que como toda a gente sabe não sabem amar como um "casal de verdade", para além do mais, essas merdas são contagiosas.

E por causa do chumbo da co-adoção, muitas Dianas hão-de haver.

Um verdadeiro final feliz, digo eu.

A voz dele deixa-me feliz.
Não sei até que ponto isto é bom ou mau, mas é verdade.

Às vezes para ser feliz, basta largar um "foda-se", olhar no espelho e gostar do que se vê.

A fase Bi

 No outro dia, em conversa com um amigo, comentei - pela milésima vez - que porno bisexual MMF (2 homens com uma mulher) para mim é "porno gay para quem não tem coragem de ver porno gay", pelo menos numa vasta maioria.
E rimo-nos e continuámos a comer o lanche, mas acabei por ter que me justificar porque me senti um bocado mal de dizer aquilo na altura.

Eu já fui "bi" durante uns meses.

Um bisexual muito tremido e muito pouco convicente, diga-se de passagem, mas desesperado por o ser - quando estava naquela fase chata das dúvidas intermináveis, em que me parecia mais fácil juntar uma paxaxinha á equação por ser mais "soft" do que ser completamente gay. - arranjando as eventuais namorada para dar uns amassos (na maioria) enquanto imaginava os coleguinhas da equipa de basquete da escola.

E como eu outros tantos fazem o mesmo.

Usam a bisexualidade como um degrauzinho, para continuarem com um pé dentro do armário e saltarem lá pra dentro mal as coisas se compliquem.

O problema nos homens bisexuais, é que em cada mil, 50, são efetivamente bisexuais.

Os desgraçados que o são, têm a vida complicada, porque ninguém acredita neles.
Os restantes são tão gays como uma bandeira do arco íris enrolada na Cher, só que provavelmente não sabem... ou não querem saber.

Sex Appeal

quarta-feira, 12 de março de 2014



É aquela coisa que só alguns - sortudos - têm, mas todos julgam ter, que não se explica mas se percebe.
Não se ensina nem se aprende, nasce connosco, e tentar forçá-lo, é sempre má ideia - Prova disso, a Luciana Abreu e as capas de revista masculina, com umas grandes maminhas e uma expressão facial de couve de bruxelas mal cozida.
Faz virar cabeças só com um caminhar, um morder de lábios ou um olhar.

Quem é que se arrisca a tentar explicar na caixa de comentários o que entende por sex appeal?
O que acham a característica que faz um homem (ou mulher, sei lá, a cama é vossa.) automaticamente mais sexy?
E menos sexy?

(hoje até vos tou um post amigo depois de levarem com a Ana Malhoa ónte)

Obrigado Ana Malhoa, turbinaste-me a noite.

terça-feira, 11 de março de 2014


Eu juro que eu nem ia postar mais nada hoje, mas não consigo parar de rir com isto.
Não sei muito bem o que me faz rir mais especificamente, se o facto de ser uma "fonte oficial sobre Ana Malhoa a postar" se o espanhol aleatoriamente inserido a meio da "música" se o ela dizer "Yeah, Ana Malhoa" de vez em quando, para frisar que sim, é ela a cantar, se as roupas de clube de strip, se o facto de ela estar a vender essas roupas online (e de as pessoas comprarem).

Independentemente do motivo, Brigado Aninhas, por enriqueceres o panorama musical Português, minha grande bomba latina.

E pensar que tudo começou no A, A A A.
Nem quero presenciar quando a moça chegar ao Z.

Primeiro Beijo

)
Depois de ver isto*, veio-me a pergunta:
Quem é que ainda se lembra do primeiro beijo que deu a sério?
Foi maravilhoso e romântico ou um verdadeiro desastre?

*Vi no dezanove e achei giro partilhar.

O amor é picuinhas.


7,216,529,565 pessoas no mundo.
Eu incluído.
E no entanto, encontrar o tal - coisa que... estatisticamente deveria ser fácil - , torna-se tarefa hercúlea, quase impossível aos olhos do comum mortal.

No outro dia cheguei à conclusão, que a culpa pode muito bem ser nossa.

Somos programados já in-uterus a acreditar que somos todos especiais.
Viemos a este planeta destinados a grandes feitos e um futuro brilhante, porque não somos normais - DEUSMALIVREGUARDEEPROTEJA, normalidade, coisa mais desinteressante - , somos especiais, únicos, fantásticos quais unicórnios a cagar arco íris num prado de trevos de quatro folhas.

E como pessoas fantásticas que somos, não nos satisfazemos com qualquer coisinha que apareça.

Afinal, ninguém come filet mignon com batata frita.
Viramos verdadeiros picuinhas nas lides do coração, e já não basta respeito mútuo e companheirismo - Pff, that's so last century!

Não.
O tal tem que ser lindo, saído de uma capa da Men's Health, masculino, mas não demasiado masculino, porque tem que partilhar os sentimentos e nos dizer que nos ama imenso, que dar prendas caras, ser um connoisseur de cozinha gourmet e de bons vinhos e gostar de longos passeios pela praia, basicamente tem que ser um híbrido entre romances eróticos da revista Maria e um anúncio a tampões - que fazem qualquer um sentir-se fresco e satisfeito.

Depois ouvem-se queixas desesperadas "como é que não encontro ninguém?".
Pois, não sei.

Mais

domingo, 9 de março de 2014


Quero um grande amor. daqueles que te fazem tremer as pernas, e sentir dormência nos lábios.
Quero uma casa com 3 quartos um alpendre e um jardim, para receber os amigos e ficarmos a conversar e a beber sangria até cair pro lado.
Quero ter uma divisória só para guardar roupa e sapatos.
Quero um Mau egípcio a quem vou chamar Bastet.
Quero passar um mês por ano a fazer voluntariado.
Quero viajar o mundo e tirar fotografias foleironas de casal ao pé da torre eiffel e em cima da Muralha da china.
Quero... quero mais.

Oversharing

sábado, 8 de março de 2014



Em conversa com o amigo hétero:

Desde que o gajo seja simpático e correto chega-me. Ter um bom cu ajuda.
És muito pouco exigente tu.
Ah, e que não gritem muito. faz me impressão gajos que pensam que tão num porno e tem que se por aos berros. Eu se onde tenho a pila posta, não a perdi nem preciso de GPS pra encontrar xD.
Mas isso chegam e decidem na hora quem... semeia, ou tiram á sorte?
Hmm geralmente quando estou com vontade de ser eu, arranjo maneira de os convencer. Nos outros dias olha, venha amor e Lubrificante.
*risos*
Ás vezes, tenho a sensação que o meu "filtro" se avariou há uns anos.

Obrigado vaginas


Afinal, sem vocês, não tinha nascido eu, o meu futuro marido (que se encontra ainda em parte incerta), nem os meus futuros filhos, a Maria Frederica E o Josué Diogo - Nomes a ser discutidos posteriormente.

Feliz dia da Mulher.

Em busca da Selfie Perfeita

sexta-feira, 7 de março de 2014


Sabem aquelas pessoas que tiram selfies perfeitas, com a quantidade certa de luminosidade, a apanhar o bom ângulo, dando destaque a todas as qualidades faciais e paisagísticas que a câmara do telemóvel consegue captar numa só foto?

Pois...
Eu não sou uma dessas.

Geralmente, quando quero tirar algo tipo isto:

Sai-me algo tipo isto (mas ainda mais tremido):

Um verdadeiro drama de 1º mundo, digo-vos.

Tenho o Gaydar avariado



De vez em quando, vou a um barzinho na região com umas amigas, e bebemos uns copos e ficamos na conversa umas horinhas.
Sempre que lá vou, o gerente do bar, é muito simpático e oferece-me uma bebida, on the house.

Uma vez, Chegámos, fomos nos sentar numa mesinha, e o rapaz veio ter connosco, ignorou as minhas amigas e veio dar-me um passoubem e desejar boa noite.

Quando comentei isso mais tarde, já todos bem regados de mojitos e vodka colas, uma delas diz-me  meio surpreendida

"Pelo amor de Deus Miguel. Não sabes que ele é gay? O homem anda-se a fazer a ti há meses"

E depressa a conversa descambou para outras badalhoquices  (que possivelmente envolviam coisas que poderia fazer ao gerente pra ganhar mais um jarro de mojitos, já não me lembro bem).

A verdade é que não, não sabia.
Nem fazia a mais pequena ideia.  Pensava que o senhor era só bastante simpático.

E não foi a primeira nem a segunda nem a terceira vez que me aconteceu alguma coisa do género.

E é uma verdadeira maçada, porque chego a cúmulos de andar meses atrás de héteros que penso que são gays, ou a ignorar completamente que aquele gajo simpático da pastelaria não se importava nadinha de me comer o pastel de nata.

Talvez por viver num meio moderadamente conservador, onde a maioria dos gays fora do armário estão todos nos 40 tardios com crises de meia idade traduzidos por cabelos pintados de cores neon, roupas justas e muitos "melher" inseridos na conversação - e não, não estou a ser preconceituoso, estou a fazer uma descrição bastante certeira até - tenha uma total e incapacidade em identificar os outros "homensexuais" (como dizia a minha falecida avózinha) mais discretos.

Ou isso, ou provavelmente vim com um pequeno defeito de fábrica, e o meu gaydar veio completamente desregulado, e estou feito ao bife porque a garantia já expirou há um bom par de décadas.

Aposto mais na segunda opção.

Fica-me sempre a dúvida: os héteros (eles e elas) terão gaydar?

Energia

quinta-feira, 6 de março de 2014


Apetecia-me dizer coisas bonitas mas estou completamente sem energia, e estou a ponderar se me meti agora mesmo numa fantástica aventura ou numa bela enrascada.
É o que dá seguir o horoscopo.

Com este sol só apetece por perfume, vestir umas skinny Jeans e arranjar com quem dançar o tango.

Chá.


O vapor do chá embacia-me os óculos enquanto a colher chocalha de encontro à porcelana da chávena.
Não consigo evitar o sorriso enquanto as tuas palavras ecoam pela minha cabeça.
"Três colheres? Pões demasiado açúcar no chá."
"Já só ponho uma, chato" - Respondo-te meio divertido, antes de me aperceber que estou sozinho no quarto.

 É estranho, porque já não me lembro bem da tua cara. ou da tua voz. tenho pequenos episódios de ti, uma estranha forma de epilepsia amorosa em que me vêm em "flashes" as tuas mãos a agarrarem as minhas no cinema, aqueles aguaceiros repentinos de Dezembro em que me davas maior parte do guarda chuva e ficavas encharcado e a tremer, mas te fazias de forte, ou os abraços que me davas todas as manhãs na estação de comboios, com cheiro a champô e perfume.

Mas partiste, e ao partires partiste-me.

A tua imagem dissolve-se, tão depressa como veio, tal como o açúcar no chá, deixando-me um sabor amargo na boca.

Continuo a mexer o chá, já frio, que perdi a vontade de beber.
O único barulho em toda a casa, um solitário chocalhar de metal contra porcelana.
Talvez amanhã volte às três colheres de açúcar.
Só para te irritar.

Bom partido

quarta-feira, 5 de março de 2014



"Se algum dia desencalhar, acho que vai ser só por causa dos cozinhados"
"Pois é"
"Sabes, agora era aquela parte em que dizias "Oh mas tu és um fofinho e um ótimo partido" e me acalmavas o ego"
"Hm...Bem, o teu futuro namorado imaginário também pode ficar contigo porque és um oferecido"
"...És uma péssima amiga"
"Eu sei"
*Risos*

Depois desta - profunda - conversa fiquei na dúvida:
O que é que faz um bom partido? Isso ainda existe?
Troco opiniões por fatias de cheesecake acabado de fazer.

Decisões [TMI V]



Decisões Decisões Decisões...
É a única coisa para que não estudamos e para a qual devia haver um curso intensivo.
A verdade, é que às vezes, quanto mais nos esforçamos para fazer as decisões certas, maior é a cagada, e muitas decisões feitas a quente costumam ser frutuosas.

Pegando na deixa dos coelhos, resolvi responder às perguntas deles sobre... decisões e coiso.

Cá ficam as respostas


1. Qual era a disciplina mais difícil do secundário?
Física. Ugh odiava aquelas equações e cálculos.
2. O que é mais difícil, os trabalhos em casa ou no jardim (se não tens um jardim... imagina que tens)?
Em casa. Num jardim que fazer reparações eléctricas ou substituir torneiras se houver problemas, nem arrastar móveis para varrer e tirar o pó em baixo.
3. Qual é a tarefa doméstica mais difícil?
Embora seja um desastre a passar a ferro, acho que detesto mil vezes mais lavar a loiça. todo o glamour dum banho de imersão resumido a uma pia, mãos enrugadas e nenhum sentimento de gratificação no fim.
4. O que é mais difícil, comer correctamente ou fazer exercício físico?
Depende de quem se come. LOL. kiddin. Acho que é mesmo fazer exercício. Mesmo sendo guloso como de forma surpreendentemente saudável.
5. O que é mais difícil, acordar cedo ou deitar tarde?
Acordar cedo. Detesto. Tenho a agradável tendência de ficar até altas horas da noite a ouvir música e a pensar na vida, desde que me lembro.
6. Tens dificuldade em decidir o que vestir?
Se for de pré aviso, levo á volta de 40 minutos a tirar e por roupa do armário, ir á rua ver se está tempo para a toilette que tenho na mão e assim, até encontrar qualquer coisa que goste, se for em cima da hora, em 5 minutos estou pronto... ou 10.
7. O que é mais duro, o teu rabo ou os teus abdominais? Qual preferias que fosse?
Os meus "abdominais" xD. Não tenho um 6pack nem nada do género, mas a zona da barriga até nem é muito povoada de gorduras, graças a Deus. E se me dessem a escolher, continuaria assim, ninguém gosta de jogar a mão a um rabo demasiado rijo, digo eu.
8. Entrar na água fria... devagar ou de repente?
Prefiro tudo duma vez, à bruta, sem possibilidade de recuar. se for um bocadinho de cada vez, acagaço-me e volto prá toalha.
9. Quão difícil é tomares decisões?
Depende. Se forem coisas que prejudiquem 3º levo muito mais tempo do que se só me afectar a mim.
10. Qual foi a decisão mais difícil que tiveste de fazer?
Sem dúvida desistir da faculdade.
Previ basicamente todo o filme que se passou e andei meses a adiar dizer cá em casa.
Fui para um curso baseado na geografia, e foi uma grande burrada.
Estava a correr-me muito mal por mais que me esforçasse não me dava com a maioria dos meus colegas, eventualmente cheguei á conclusão que estava a atirar dinheiro pela janela a fazer uma coisa que não gostava e que não ia dar em nada. a ideia era regressar mais tarde, mas levei com a crise e o desemprego nas trombas, e o mais tarde arrasta-se.

BONUS:
 Já alguma vez tomaste Viagra ou qualquer coisa do género (Pau-de-Cabinda incluído) sem que precisasses? Conta-nos tudo!
Hummm. Só comidas ditas afrodisíacas, que não me fizeram absolutamente nada. De resto ainda nunca tive grande vontade de experimentar.

E já que respondi a tantas perguntas, agora deixo só uma aos leitores:
Têm alguma decisão de que se arrependam esporadicamente? 
Ou alguma que se arrependam de não ter tomado mais cedo?

Vou-me só ali alistar.

terça-feira, 4 de março de 2014

Hunger games


Anda cá tratar-me dos jogos da fome, que eu chamo-te tributo.

Ler Post Completo

Feriado em imagens

No Rio (no sambódromo):
No Rio (em qualquer casa de banho pública) :
Em Veneza:

Em Portugal:
Hmm... Ok.

"Dêm-lhe outro nome"

segunda-feira, 3 de março de 2014



Desde que o assunto do casamento homosexual veio pela primeira vez de encontro aos meus ouvidos - ainda longe de chegar a Portugal - oiço a mesma frase , repetida por milhares de lábios diferentes, sempre com a mesma conotação indignada:
"Dêm-lhe outro nome. Eles que se juntem, mas dêm-lhe outro nome, casamento não."
A desculpa que a maioria das pessoas dão, quando querem usar este preconceito, é a religião. Porque ninguém tem tomates para questionar a bíblia. - e eu sei-o em primeira mão, sendo 90% da minha família paterna testemunhas de Jeová ferrenhas que nem sonham que aqui o je é um "sodomita dos infernos" - "Ah e tal Deus fez Adão e Eva, não Adão e Ivo" "Ah e tal, casamento é entre homem e mulher, não homem e homem". A bíblia tem sempre resposta para tudo, e está sempre certa. ( provavelmente também está certa naquele parágrafo em define casamento como uma união entre violador e vítima ou soldado conquistador e vítima de guerra, mas adiante.)

E devo admitir, que na altura - com 15/16 anos - a ideia nem me parecia nada tóxica. perfeitamente aceitável.  Afinal, na minha jovem cabeça, éramos diferentes da população "comum" [coisa que os constantes comentários pejorativos quanto ao assunto, faziam por frisar], merecíamos um termo diferente.

Hoje, passados praticamente 10 anos, só o conceito me arrepia.

Porque a verdade é quenão vamos jogar póker para sermos "parceiros" nem fazer uma viagem para sermos "companheiros". Vamos fazer exatamente a mesma coisa que um casal "comum" - a não ser que hajam fetiches no quarto, mas hey, é a vida. -trocar alianças, fazer discursos melosos, vestir um smoking, alugar um espaço, servir aperitivos, dançar e comer bolo.
A porra dum casamento.






Conheço um casal, o J e o L, em que um deles (o L) teve uma trombose e ficou incapacitado.
E o J cuida do marido, que não pode ficar sozinho há 2 anos, e banca todas as despesas  de fisioterapia e tratamento médico, e está em frangalhos por não ver melhoras com o tempo.
Se não chamamos a isto casamento, chamamos o quê?

Sobre a noite de óscares

  • "Ai, é verdade, hoje são os óscares e nem fomos ver"
  • "Não faz mal, temos aqui dois óscares pra receber"

Carnaval malvado!

domingo, 2 de março de 2014


Agora que penso nisso, começo a sentir-me discriminado.
Chega ao carnaval, e é ver as meninas, todas muito felizes e contentes nas suas microfantasias "sexys".
Fantasma sexy.
Pirata sexy.
Hospedeira sexy,
vampira sexy,
gatinha sexy,
Freira Sexy.
Tudo sexy.Entenda-se por sexy, uma versão francamente reduzida da fantasia original.
E nós, gajos (gays)?
Não temos direito a fantasias sensuais e irreverentes? - citando o sábio Lorenzo
Não temos direito a lavar as vistas com um padre sexy, ou um Pedreiro sensual?
Tá mal!

carnaval


Tudo a falar do carnaval e dos desfiles e do diabo a quatro, e eu a pesquisar receitas de cebola caramelizada para o almoço de pijama e roupão.
Nem me lembro da última vez que me mascarei do que quer que seja e andei rua fora.
That's the spirit.
Bom Domingo de Carnaval pessoas.

20 perguntas sobre Sexo

sábado, 1 de março de 2014

Ah, le sex.

Hoje acordei inspirado, por isso aqui ficam aqui 20 perguntas e respostas sobre o treco lareco, muito ao estilo das conversas que se têm com os amigos naquelas jantaradas intermináveis (ou então, os meus amigos são muito pervertidos, whatever)

Deixo aqui o desafio a quem quiser responder no próprio blog, é á vontadinha, se não quiserem, olha, divirtam-se xD

1
        Luz acesa ou apagada?
Prefiro acesa, para ver tudo, mas na altura não vou largar o serviço a meio para de ir acender a luz se estiver apagada ou vice versa.
2
        Morder, Lamber, Chupar ou bater?
Morder. Sempre. (os outros todos também se juntam á festa, mas é tudo mais tarde)
3
       Qual a parte do corpo que mais te excita?
O pescoço. Acho que tenho Odaxelagnia, e não há sítio melhor para morder do que no pescoço. Se bem que um bom par de lábios também não fica muito atrás na lista.
4
        Qual a parte do corpo que menos te excita?
Pés. Não que me meta nojo, mas não é definitvamente uma parte do corpo com a qual perca muito tempo a não ser que me peçam específicamente.
5
        Sexo sem amor, verdade ou mito?
Verdade. Era muito hipócrita se dissesse o contrário, e verdade seja dita, se só houvesse sexo com amor, metade do planeta morria virgem.
6
        Afinal o tamanho importa?
Hmm... Well, pra mim importa principalmente desde que não seja assustadoramente grande. Dispenso cirurgia reconstrutiva.
7
        Já alguma vez usaste brinquedos sexuais?
Já... Algemas contam, né?

8
         Se sexo fosse uma música qual seria a tua?

(já foi banda sonora algumas vezes)


9
        Já alguma vez tiveste um walk of shame*?
Infelizmente Já

10
                 Sexo ao telefone, sim ou não?
Depende da voz que está do outro lado. É um bocado ideia geral que qualquer pessoa sabe fazer phone sex, mas já namorei com gajos para os quais uma descrição erótica era "e agora dou-te um beijo na boca" O que não era propriamente sensual, digo eu.
11
              Eras capaz de fazer uma sextape?
Hum... nunca estive em tal posição (LOL) mas acho que não me parece muito boa ideia. Ainda ia parar à internet, e acho que não ia ser nada glamouroso.
12
                 O que é que nunca farias sexualmente com alguém?
Hm... Há uns anos atrás dizia que nunca teria sexo no primeiro encontro... Por isso acho que já não volto a dizer "nunca"

13
                 Qual a coisa mais sexy que te podem fazer no quarto?
Sussurar-me ao ouvido. Ou então manter o contacto visual. Por essa ordem.
14
                  E a menos sexy?
Arrotar. Eu sei, Eu sei, pode acontecer, mas pronto, não deixa de me cortar a inspiração nem que momentaneamente.
15
                 Sexo em Locais Públicos, sim ou não?
Depende. Desde que dê para ser minimamente escondido, claro que sim. Não tenho grande vontade de ir preso por atentado ao pudor.
16
                 Se o sexo fossem as olimpíadas, em que campo é que achas que ganhavas alguma medalha?

Hmm... Provavelmente a provocar.
17
              Se me mostrasses o teu telefone agora, encontraria alguma alguma foto tua nu?
Não. limpei o histórico do whatsapp há pouco tempo por isso mesmo :P

18
                 Rapidinhas, sim ou não?
Não gosto particularmente, Já diz o ditado, "Depressa e bem, não há quem."

19
               Que aspecto do acto sexual achas que é exagerado no imaginário colectivo?
O Romantismo. Não estou obviamente a dizer que não existe sexo romântico ,mas há muito aquela ideia de que cada vez que vais para a cama com alguém, vais acender velinhas aromáticas, beber champanhe, ligar a música romântica  e meter pétalas na cama, e vai tudo ser muito suave e delicado. Muitas vezes é tudo menos isso, muito menos encenado e muito mais orgânico (e dependendo do dia, um bocado à bruta) e prefiro mil vezes assim.

20
                Descreve um orgasmo a quem nunca teve nenhum:
 Imagina que estás a correr na praia há meia hora. Estão 35 graus, e não há qualquer tipo de sombra ao teu redor. Agora imagina que te aparece uma garrafa de água fresca nas mãos... um orgasmo equivale àqueles primeiros segundos em que metes a garrafa á boca e sentes a água a entrar-te na garganta e te sentes bastante satisfeito/a. mas melhor.
*Para quem não sabe, walk of shame é quando se sai de fininho depois de passar a noite com alguém, geralmente com a mesma roupa da noite anterior, descabelado e tal.

Sangue Gay não presta.


Tenho um casal de amigos que são dadores de sangue.

De 3 em 3 meses lá vão eles fazer a dádiva, e não há uma vez que não se lembrem de me convidar. E mesmo apesar do meu pavor a agulhas, tenho vontade de ir, porque os bancos de sangue estão a precisar e há pessoas a morrer que precisam de transfusões de sangue, e verdade seja dita - tirando a parte de ter pavor a agulhas - não me custa nada.

Para ajudar, sou dador universal, em teoria, visto ter sangue O-.

Mas nunca vou com eles.

Invento sempre uma desculpa da xaxa e fico por casa.

Porque chegado à clínica, em vão dar um inquérito para preencher sobre os meus "hábitos de vida", e a partir do segundo em que, sendo homem, marcar a cruzinha a confirmar que tive - e tenho - sexo com outros homens, sou automaticamente riscado da lista.
Não posso, porque segundo diversas organizações médicas pelo mundo fora, sendo gay, tenho obviamente "comportamentos de risco" - mesmo que nunca na minha vida tenha tido sexo sem preservativo e não ande a rameirar com todos os homens que me aparecem à frente.
(Acho que ando a enviar seringas usadas no rabo e a ter sexo desprotegido com sem abrigos quando vou Às orgias de sexta feira à noite.)

E posso sempre escolher mentir no formulário, dar sangue às escondidas, porque afinal não tenho doença nenhuma e ninguém saberia de nada, mas era estar a prepeturar um tratamento diferenciado sem pés nem cabeça.

E isto talvez fizesse sentido há 25 anos atrás, quando os testes das DST não eram tão precisos e rápidos, e não se testavam minuciosamente os dadores antes de aceitar o sangue. mas agora... é simplesmente preconceito, puro e duro.

Isto tudo porque vi todo um questionário da ILGA [Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero] Portugal no blog do neko-chan e só me apeteceu responder a uma das perguntas, (a 9ª que pergunta quando me sinto discriminado), vão lá cuscar o resto e responder ao questionário se quiserem.

Não precisas, manda praqui um.
Até podem ser dois, se forem jeitosos.