Antes de mais nada, um pequeno grande obrigado a todos os que se deram ao trabalho de deixar uma mensagem de parabéns por estas bandas, só para não dizerem que sou um ingrato.
Retomemos a programação costumeira:
Com o lançamento do já popular vídeo do Lorenzo e do Pedro - ou do Pedro e do Lorenzo, não sei como se diz a brand, daqui a nada acham que estou loucamente apaixonado pelos rapazes - a passear Lisboa fora de mãos dadas, veio a inundação de pessoas LGBT friendly pela minha timeline, a dizerem todas que acham muito bem, aplaudindo publicamente o "acto de coragem" que foi andar pelas ruas, de mãos dadas com uma câmara atrás, na capital de país de primeiro mundo onde os actos de violência contra LGBT são escassos, muito menos em plena luz do dia.
Ainda com esta linha de pensamento presente na cabeça, dei por mim no cinema, acompanhado.
Comprámos pipocas que partilhámos - ou melhor, eu comi as minhas e ataquei as dele - , e sentámo-nos no cinema de mãos dadas.
E fiquei à espera dos aplausos e da coroa de flores, da medalhinha de coragem, mas em vez disso sentou-se ao nosso lado um casal roçando os seus sessentas, que olhou mais para nós, sussurrando e apontando , do que para o filme na tela, especialmente depois da primeira troca de beijinhos da noite
- nada de lavagens de estômago com direito a sons de sucção violenta, como o casalinho da fila da frente, uns beijinhos bastante simpáticos e camera ready - e que se sentiram tão desconcertados com a visão contra natura de dois rapazes aos beijos, que nem voltaram para ver a segunda metade do filme.
E não foi a primeira, nem há-de ser a última vez que acontecem coisas destas - O que para mim nem é minimamente incomodo, enquanto não estão envolvidos insultos despropositados, sendo honesto - mas por estes dias , Portugal virou aos olhos dos cibernautas um local de aceitação maravilhosa onde até as bichas pobres têm um iphone e cagam arco íris enquanto os reformados jogam à sueca e cantarolam a lady gaga com sotaque transmontano.
Deixo a pergunta:
Quando se deparam com pessoas que se sentem incomodadas com as vossas demonstrações afeto, como reagem?
Param o que estão a fazer, ou intensificam-no?
Em primeiro lugar, parabéns atrasados! Respondendo à tua pergunta, das raras vezes que andamos de mãos dadas ou damos um beijo em público noto que há olhares; alguns de admiração e outros de "nojo". Nunca, no entanto fui mal tratado ou dizeram-me algo. Dado que o senhor meu namorado é timido e não gosta de demonstrações públicas de afecto acabamos por parar. Actualmente, já me contento com um beijo dado no carro.
ResponderEliminarAbraços! ;)
Eu e o meu namorado andamos sempre de mãos dadas e já demos beijos na rua e dançamos agarrados num bar (não gay), e nunca senti olhares de repulsa ou indignação... mas pode ser porque eu sou distraído... já fomos abordados e elogiados diversas vezes pelo facto de andarmos na rua de mão dada...
ResponderEliminarAdmito de depende mt de o quão discretos somos e de como andamos, não andamos a saltitar como se fossemos a heidi e peter e se percebermos que devemos ser mais discretos somos... Intensificar os afectos em circunstancias hostis é querer levar na cara!
Não tenho muito para partilhar mas tenho 2 situações: tinham-me convidado para um festival de tunas e eu fui, não conhecia ninguém a não ser o rapaz que me tinha convidado e no local do festival, chegou-se ao pé de mim e começou a mexer na minha roupa, a abrir o fecho do casaco...nada de mais, mas eu se tivesse podido fugir, tinha fugido e mais tarde quando o festival acabou no carro deu-me um beijo e as pessoas a passarem e quando falo de beijo é um beijo com tudo o que se tem direito :-)
ResponderEliminarSe tivesse alguém não sei não, é tudo uma questão de sentimentos diria eu :-p
Nunca fiz nada de especial, tirando umas beijocas no carro ou em praias pouco movimentadas...
ResponderEliminarQuanto ao vídeo, acho que os.portugueses não são de insultar ou agredir, a menos que estejam muitos machos latinos juntos..
E já agora, parabéns :-)
Depende do sítio. Quando eu tinha um namorado, andávamos de mãos dadas e beijávamos. Só houve uma vez que olharam com nojo e eu intensifiquei. Também era na Avenida da República.
ResponderEliminarAqui em Belo Horizonte, nunca tivemos grandes problemas com isto. Claro q existem pessoas q se incomodam com tudo isto ... eu nem ligo ... se forem muito acintosos em suas reações eu torno minhas demonstrações de afetos mais agressivas tb ... #simplesassim
ResponderEliminarJá andei de mãos dadas, ás vezes abraçados, em alguns lugares, no cinema e teatro é "de lei" ficarmos de mãos dadas... as vezes percebo que estranham, talvez por eu ter mais de 50... sei la´.... apenas me precocupo um pouco com o lugar, nao quero levar uns sopapos!
ResponderEliminarUma pessoa tira férias do blog e tu decides fazer anos! Parabéns atrasados! Abraço :)
ResponderEliminarParabéns atrasado! :)
ResponderEliminarEntão, isso vai soar um tanto dramático, mas nem me lembro a última vez que aconteceu algo do genero... :P
Sad but true.
Abração! :)
Tb não tenho muito para contar. À parte de uns apalpões, um colocar o braço por cima do ombro dele, não demonstro muito publicamente, precisamente porque sei que, se fizessem comentários, iria ficar MUITO chateado e triste.
ResponderEliminarEu e o meu namorado, trocamos um beijo, no cais do sodré, quando vamos trabalhar. Ainda não ouvi comentários.
ResponderEliminarConfesso que não sou muito dado a demonstrações de afecto em público, até porque a rapidez dos meus "relacionamentos" - ou test drive - não o permitiu... Mas, nas raras vezes em que aconteceu, simplesmente ignoro. Não intensifico, mas ignoro! :)
ResponderEliminarNão sei há quanto tempo existe o teu blog, mas descobri-o na segunda-feira (ontem) e ainda nao parei de ler. são muito raras as pessoas que conseguem reproduzir com inteligência os momentos vividos. Toda a sorte do mundo - porque encontrar o teu blog para mim já foi um 'euromilhões'!
ResponderEliminarLuís Filipe.
Acontece muitas vezes estar no carro e as pessoas estarem a olhar. Vai daí, vai um beijo, um afecto, um carinho, uma mão na perna.
ResponderEliminarHabituem-se.