Os Gregos e os Troianos que vão pro caralh*

sábado, 31 de janeiro de 2015


Desde sempre que tive a mania de carregar o mundo ás costas.
De me interessar pelos outros, de querer ajudar e ouvir problemas, dar conselhos e tentar ser simpático mesmo que não me apeteça muito.

Mas às vezes uma pessoa acorda sem paciência.
Sem paciência para fazer salinha, para querer saber de problemas de alguém que não e si mesmo.
A aproveitar aquelas deliciosas de egoísmo que de também existem.
E nessas alturas, em vez de receberes a mesma paciência que libertaste para o universo, recebes cobranças.

E acabas com vontade de mandar toda a gente sentar num cone de trânsito barrado a mel e depois largar uma colónia de formigas de fogo dentro da cueca, só porque respiraram na nossa direcção com demasiada força.
E hoje estou num desses, só para ficarem avisados.


I'm out.

Tropeça, cai e levanta-te.
Se não te cansares de te levantar, eventualmente deixarás de cair.
Quando?
Não sei.

Sabes que és gay quando:

terça-feira, 27 de janeiro de 2015


Pões uma amiga tua a ver a drag race, de tanto falares disso.

... E depois ficam comparar sobre quem faz melhor drag.

... Durante horas.

(E a season 7, nunca mais? porra!)

O invisível

domingo, 25 de janeiro de 2015


Depois de algumas primeiras experiências atribuladas pelo manhunt, modifiquei ligeiramente os meus critérios para escolher um gajo online - aliás, foi daí que surgiu o meu guia prático.
Nada de fotografias de rabos -  davam sempre em merda, ironicamente - ou de abdominais.
Vai aos que têm cara - disse eu - são provavelmente os mais normais- disse eu.

Essa teoria provou-se rapidamente um fracasso, mas adiante.
Numa das minhas incursões, pela caixa de entrada, recebi uma mensagem de um rapaz.

Lá fui eu espreitar o perfil, e aterrei num daqueles perfis com frases diretamente mugidas de um romance do Nicholas Sparks, "Procuro alguém que me encontre" e outras que tais bem bregas típicas de quem tem fome mas não come, e pensa que virou poeta no período celibatário - vocês sabem o tipo.
Embora a minha intuição apitasse mais que uma estação espacial em momento de colisão com um asteróides, resolvi ignorar e aceder. afinal,mal por mal era só um café, e na altura de seca em que o meu terreno se encontrava, até mijo era água.

"Queres combinar um café? o meu numero é o tal tal tal"
Trocámos contactos, e  começámos a falar, ora por telefone, ora pelo skype.
Era razoavelmente simpático embora não tivesse muito conversa mas não me parecia mau rapaz.
Até começarmos a falar no bendito café.
Nunca quis que eu fosse ter com ele, nem me quis dizer as folgas.
Tinha basicamente que ficar sentadinho à espera que ele arranjasse tempo para tomar um café, uma coisa de uma ou duas horas numa tarde qualquer, que até foi ele quem quis combinar.


E andámos no jogo do empurra durante aproximadamente duas semanas.
Sempre que queria combinar, levava com um :
"Não dá, tenho a agenda muito preenchida", cheio de desculpas que era do trabalho da prima, da avó, da periquita inflamada, you name it.
Comecei a ponderar se não estaria a combinar café com um espião internacional ou um primeiro ministro de um país qualquer na Europa de Leste.

Quando perdi o interesse e deixei de lhe responder, ligou-me, às duas e meia da manhã , acabado de sair do trabalho- se calhar até era stripper - e ficou aproximadamente uma hora e meia a queixar-se da vida, e do poder de compra em Portugal, e de política.
às duas e meia da manhã, quando eu já estava deitado e meio a ressonar por entre as conversas.

Disse-me que tinha uma voz sexy - O que é totalmente verdade - , pediu desculpa pela demora do café, e combina para sábado.
Ficou combinado, eu virei me para o lado e continuei a dormir de forma sensual e irreverente - para combinar com a voz, né.
Os dias foram passando e chegada a sexta feira, ele não me tinha dito nada. radio silent, se calhar até tinha morrido numa explosão, sei lá, vida de espião deve ser complicada.
O sábado veio e foi, ainda lhe perguntei se tinha morrido ou assim, mas não me chegou a responder.
Passadas duas semanas, Eliminei-o de todas as redes sociais e mandei lhe uma mensagem, toda ela muito "devias ir para uma escola de etiqueta, para aprenderes a cancelar encontros, pede aulas à Paula Bobone, espero que sejas muito feliz e apanhes herpes no rabo"

mas cheia de classe - e sem a parte do herpes no rabo, que honestamente só me ocorreu agora, milénios depois.
Fui à minha vida, e nunca pensei mais nisso.
Ontem - meses depois do ocorrido - entro no skype, e vejo que o rapaz me veio pedir para o adicionar novamente aos contactos.

E vocês, Alguma situação bizarra que envolva um site de encontros?
Spill the beans!

PS:Eu TINHA que usar esta música algures.

E cá estou eu, com um chá fumegante, e o meu amigo pijama a tentar ser produtivo e fazer tudo o que planeei a semana inteira, enquanto todo o meu corpo  resolve dizer "quem manda aqui sou eu" e entra em modo agressivo de poupança de energia.
Já estive mais longe disto:
Odeio Domingos.

Semana Blogosféria sem Sexo.

sábado, 24 de janeiro de 2015


Quando aqui cheguei, há praticamente um ano, dava por mim a devorar blogs uns atrás dos outros.
A conhecer os escritores, a saber pequenas coisinhas sobre eles, coisas que os tornavam a todos únicos.
Queria sempre saber mais, afinal já faziam parte da minha vida, tipo uma grande família virtual.

Claro que como tudo, havia sempre as ocasionais confissões mais picantes. E eram engraçadas porque vinham dar um balanço à coisa toda.
De há uns tempos para cá, tenho reparado que quanto mais leio mais me sinto na secção da correspondência erótica da revista Maria.

"Desce o nível sobe o interesse"
You know what? 
Nem por isso.
Claro que é giro ler sobre as aventuras sexuais de toda a gente - quem nunca, né?- mas ultimamente a "minha" blogosfera anda entupida de (histórias) picantes.

Por isso, lanço o desafio - ainda sou do tempo dos desafios por estas bandas - durante uma semana, guardem os salames, as chouriças, os adamastores, as cobras zarolhas, os zézinhos e os amiguinhos numa gaveta fictícia, e falem todos de outra coisa.
Podem praticá-lo como coelhinhos em ciclo reprodutivo, não vos confisco a genitália.

Simplesmente não falem disso.

Falem dos vossos amigos.
Falem dos vossos sentimentos.
Das vossas desventuras não sexuais (devem ter algumas né?).
Se não querem falar de nada disso por acharem -ironicamente - demasiado intimo, pode ser sobre a influência da caspa do cavalo ribatejano no aquecimento global, whatever, durante uma semana, não falem de sexo.

Alguém aceita o desafio?
Oh well, A ver o que sai daqui.

A tara dos héteros

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015


Vamos saltar no comboiinho da badalhoquice que invadiu a blogaysfera ultimamente porque não quero ser deixado de fora, né.
Okay, estava a ler o blog do Miguel, e ele alegremente comentava no post mais recente, os héteros que já "converteu".
E bem, correndo o risco de ser já aqui apedrejado em praça pública e chamado retrógrada - o que neste caso em específico - Não percebo o appeal.
Óbvio que como tenho uma dieta equilibrada, já estive com um ou dois que eram muito héteros, mas na altura do vamo ver abriam mais depressa que lata de cerveja de abertura fácil.
Mas nunca fui à procura de héteros.
Embora fosse uma coisa que notasse muito em conversas, aquela cobiça pelo "fruto proibido" e os "cá na minha cama não eras tu hétero", nunca se me acederam.
Não me deu tesão "perseguir" alguém da equipa adversária, nem tenho paciência para converter ninguém, porque não sou testemunha de Jeová.
Até porque sejamos honestos, se for mesmo hétero, não há conversão que resulte, é um rabo, não é um carro que dá para levar tanque de gás quando a gasolina fica cara.


Agora deixo aqui a pergunta:
Héteros? Sim ou não?
Se sim, Porquê?

*Não te ofendas Miguelito, Crido, não te estou a atacar nem nada, tsá?

Glossário básico para utilização de site de encontros

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015




Ser solteiro é difícil.
Para facilitar a vida aos leitores, a equipa do blog - Okay, fui só eu, mas é muito mais chique falar de toda uma equipa. talvez seja eu e as minhas múltiplas personalidades, I don't know, whatever - desenvolveu um guia prático de utilização do sites de encontros mais populares das internetes (o bom do manhunt, o grindr, ou aquelas coisas que as juventudes usam hoje em dia.)
Agora também você pode encontrar um homem decente e digno seguindo este pequeno glossário para descodificar até os anúncios mais complexos que poderá encontrar, naquele Sábado à noite em que está de pijama a comer pipocas e a ver fotos de homens nus, em vez de socializar (só ouvi falar né, nunca fiz tal coisa).

  • Discreto - Ninguém sabe que eu sou gay, sem ser os homens que levo para a cama, e eu gostaria bastante que continuasse assim, passar bem. Possível relação amorosa, com a condicionante de se passar na totalidade dentro de quatro paredes a designar.
  • Bi/Curioso - Não me apetece particularmente ser gay por agora (quem nunca, né?)/Sou Bi mas as únicas mamas que levei à boca eram da minha mãe.
  • Sem foto de perfil - Não quero que ninguém me reconheça. Estou aqui como quem está num shopping a meio do mês, só a ver as montras.
  • Foto de corpo (bonito) sem cara - Homem camarão. Prepara-te para ouvires falar do meu programa de treinos ou de como faço surf nos fins de semana.
  • Fotos com animais - Quero parecer sentimental em tronco nu com um gatinho bebé nas mãos, quando muito provavelmente os únicos sentimentos em que estou interessado são na zona da virilha.
  • Fotos de modelos/atores porno - Sou provavelmente feio, mas também tenho direito a matar a fominha, né.
  • Foto do rabo - Quero uma relação... Anal.

  • "Quero divertir-me" - Quero sexo
  • "Quero conhecer gente interessante" - Quero Sexo.
  • "Não falo sem foto" - Quero uma relação né, mas se for um gajo jeitoso pode-me pôr no espeto e chamar rodízio. Se fores feio bloqueio, ÓBVIO.
  • "Procuro amizade e quem sabe algo mais" - Quero sexo, mas não sou direto.
  • A piscadela - Embora possa parecer um "és especial, diferente dos outros perfis, achei-te interessante e quero conhecer-te" é mais nas linhas do "Estou a fazer a ronda, vou mandar piscadelas a todos os perfis a menos de 50 kms de mim, por isso não me vou lembrar de ti quando me responderes"
  • Descrição de perfil gigantesca - Estou amargurado porque ninguém me quer comer e acho que pondo aqui uma autobiografia de 20 linhas a pender para o poético consigo reverter a situação, mas provavelmente não serve de muito porque ninguém vai para um site de engates ler poesia.
  • "Só masculinos" - Quero um homem que me coma. Na realidade quero alguém que me coma, é só virem meter conversa que eu viro piranha de aquário,mas vou afastar as bichas, então ponho esta frase.

No final o que importa é serem vocês mesmos...

...Ou então serem bonitos e ricos. Isso ajuda sempre.

Depois mandem-me testemunhos de como as vossas vidas mudaram loucamente depois de lerem isto, fico à espera.

Acham que faltou alguma coisa no glossário? (não que eu não confie no trabalho da minha equipa mas pronto, só para confirmar.)
o quê?


Para contrariar a segunda feira mais infeliz de todo o ano, segundo as notícias, está decidido.
Vou comprar um jockstrap.

Sabes que és gay quando:

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015



A tua mãe não compra roupa sem te pedir opinião primeiro.

Ou cortinas.
Mas roupa já é indicativo suficiente por si só.

Exemplo de reacção de quando vamos comprar calças


Ás vezes, bancar o paciente não serve para nada senão para me fazer a vida num inferno.
Haja tomates.

Justin Bieber faz Porno Gay?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015


Se não vivem debaixo duma pedra, já devem ter visto em algum lado, as fotos da campanha publicitária da calvin Klein alegadamente photoshopadas
Como o moço tem orgulho frágil disse que tinha provas legais a comprovar o tamanho do perú - deve ter ido medir em cartório - , e dias mais tarde
Um representante da marca, veio a público dizer que sim, o amigo Bieber tem mesmo um bom dote, e não foi alterado.

Então a companhia de filmes adultos Gay, MEN.COM, resolveu entrar na onda de acontecimentos e averiguar se o vulto é verdade ou publicidade enganosa, fazendo uma fazer uma proposta irrecusável em público ao menino (traduzida livremente do vídeo acima):
"uma oferta incrivel para ti jb A Men.com e eu - oi? - Oferecemos-te 2 milhões de dólares, para fazeres uma cena comigo. Vai ser fácil, eu faço a maior parte do  trabalho - LOL - são umas horinhas, e sais daqui com 2 milhões de dólares."
Ehrm...
Eu sei que isto é uma campanha publicitária, mas a minha reação é mais ou menos:

Quem veria a cena?

Ciúmes

terça-feira, 13 de janeiro de 2015



Conheci o L na internet, há uns anos (vai para 7).
Na blogosfera para ser mais preciso.

Gostava de como eu escrevia, começou a seguir o blog que eu mantinha na altura, fomos falando, e eventualmente trocámos contactos.
Falávamos imenso pelo skype - tendo em conta que eu moro no sul do país, aka desterro da civilização - duma forma muito descontraída e à medida que descobrimos coisas em comum a amizade ultrapassou o tempo de vida do blog - com algumas outras pessoas - e manteve-se no mundo real.

A dada altura, pediu-me se podia adicionar-me no facebook, continuando a manter-nos ocasionalmente em contacto por lá, como... sei lá é normal entre amigos.

Aproximadamente uma semana depois, recebo um pedido de amizade de um outro rapaz, o U.
Geria em conjunto um blog com o L, mas até aquela altura nunca tínhamos falado.

Embora inicialmente demonstrasse muita curiosidade em mim, nunca me dei particularmente bem com ele. Pendia demasiado para o snobismo desnecessário e passava a vida a queixar-se do namorado que era preguiçoso e irresponsável, não que o achasse má pessoa, mas simplesmente não tinha "saco" para drama na altura.

E as conversas insossas, desprovidas de interesse e fluidez foram escasseando, até pararem de vez.
Um dia, meses mais tarde, em conversa com o L, perguntei se o U estava bom, por cordialidade.

E fiquei a saber, que o U e o L namoravam.
Que tinham namorado durante basicamente todo o período em que nos tínhamos conhecido.
Fiquei também a saber que o U me veio adicionar, porque tinha imensos ciúmes de mim, e pensava que eu me estava a atirar ao namorado, então tendo-me na sua lista de amigos, ia dando uma controlada na situação, porque como toda a gente sabe, eu sou um devorador de homens.


Por esta altura, para vos dar uma situada, vamos esclarecer, que eu moro no sul do país, e ele durante grande parte desta amizade morava na capital. Uns bons 500 quilómetros de distância. O que não me impede minimamente de estabelecer uma amizade... mas let's face it, eu não sou o homem elástico e mesmo que quisesse a minha pila não estica né.

E não foi a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que tal aconteceu.
Os namorados têm uns ciumes loucos de mim com os/as respectivos/as, de tal forma que começo a convencer-me que devo mesmo ter cara de maior puta da galáxia.

Fun fact:
Eventualmente o U e o L acabaram, e anos depois desta história toda, por entre uns copos, e umas risadas sobre o assunto, acabei por ir mesmo uma vez para a cama com o L.
Enquanto isso, continuo amigo dos dois.
I guess Karma's a bitch.


Acham os ciúmes uma parte saudável do relacionamento?
Até que ponto?
Acham que compensa?
Consideram-se ciumentos?

Daddy Issues - Charmoso e experiente, ou só velho mesmo?

domingo, 11 de janeiro de 2015



Aqui há uns dias, em conversa com uma amiga, trocando histórias, comentei sobre um flirt de verão, uma coisa inócua que tive com um senhor quarentão - que me disse que tinha 39 anos, como se eu tivesse problemas de visão.
Ao que a minha amiga respondeu escandalizadissima:
"mas tu deste-lhe conversa?"
"E?"
"E ele é velho"

E nesse momento apercebi-me que a fase dos homens mais velhos, me passou completamente ao lado.

Foi no entanto uma coisa a que assisti imensas vezes. Lá iam todos em fila, acabados de processar a sua recém descoberta sexualidade, arranjavam sempre um homem mais velho, que lhes tirava os pés do chão - quer no sentido figurativo, quando lhes prometia romance interminável, quer no literal, quando os iniciava na arte do lepo lepo dentro de quatro paredes.

E quando falamos de mais velho, roçamos bastante,o bizarro - porque convenhamos, ver um rapaz de 19 anos e um senhor de 52 pelo a mim não me causa suspiros de romantismo.
Alegavam sempre que era por ele ser experiente e charmoso [ou assim diziam eles no pico máximo daquela paixão assolapada que durava menos que vela em ciclone] estável e de confiança [nalguns casos, monetária].

E eu, que via de fora, tinha a sensação de estar a presenciar algum tipo de daddy issue mal tratado.

O que me leva às perguntas:

Quando é demasiado velho para vocês? Qual o limite de diferença de idades que achem demasiado? (Honestamente, para mim, é alguém que passe o dobro da minha idade.)
Acham possível pessoas com grandes diferenças de idade manterem um romance duradouro, ou a idade não influencia pontos de vista?
Nestes casos, dizem sempre que alguém tira vantagem de alguém. acreditam nisso?
Acham que há preconceito com esse tipo de relacionamentos?
E é justificado?

Prometo, amanhã respondo aos vossos comentários todos, hoje vim de viagem e quero é vegetar.

Tolerância

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015



Eu sou Charlie.
Tu és Charlie.
Subitamente, toda a gente é Charlie.
Mesmo aqueles que pensam que Charlie Hebdo era uma pessoa, e que nunca tivessem ouvido falar do assunto até ao atentado de ontem.

E os sociais espalharam a palavra.
Eu sou Charlie.
Tu és Charlie.
Subitamente, toda a gente é Charlie.
E porquê?
Porque temos que respeitar a liberdade do próximo.
Porque isso é fundamental.
Porque não devia haver censura ou medo de exprimir a individualidade de cada um.

Eu sou Charlie.
Tu és Charlie.
Subitamente, toda a gente é Charlie.
No fim das contas, quando a memória deste atentado esfriar, voltamos ao mesmo.
Porque, infelizmente, para 90% das pessoas, liberdade de expressão é publicar cartoons de humor ácido sem medo de levar com um tiro na testa de represália. Beijar um namorado do mesmo sexo na rua, praticar uma outra religião ou até andar com roupas curtas, já é só apelação.

Eu sou Charlie.
Tu és Charlie.
Subitamente, toda a gente é Charlie.
... Mas somos mesmo?

Gostos

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015


Li há uns tempos, que o gosto musical é influenciado pelas experiências de vida de cada um.
Não sei até que ponto é verdade, só sei que fiz uma limpeza á minha biblioteca de músicas, e 200 álbuns foram pelo cano.
Com o passar dos anos perdi vontade para batucadas, oiço mais soul e coisas softs.
E eu sei que isto é uma coisa completamente desinteressante, mas estou ranhoso de roupão a beber chá e apeteceu-me, amanhã logo ganham um post decente
[BTW, o meia noite voltou :O]

Verdade universal

domingo, 4 de janeiro de 2015

Quando estamos interessados, e vemos todo um amontoado de gostosura cada vez que a nossa retina capta a personagem:

Quando passa e vemos aquele bofe escandalo pelo que é, só escandalo...samente brega:

Quando percebemos do que nos livrámos:

Regras básicas de etiqueta para a jovem bicha* moderna

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015



Quando era uma piquena bicha em formação, sempre me queixei de não haver nenhum livro de instruções para estas coisas.
Hoje, como acordei benévolo, resolvi fazer eu uma pequena comPILAção de algumas regras de etiqueta a ser seguidas pelas jovens - e não tão jovens também - bichas modernas.
E vamos começar a lição, preparem-se, porque:


Fogo no rabo:
Pelo bem do ambiente - e da sua vida amorosa - controle o seu.
Querem sensualizar? força. Fazer olhinhos, okay, mas não é por verem um gajo jeitoso nas proximidades que têm que entrar em modo canibal.
Ninguém, repito ninguém gosta de uma bicha oferecida.
Depois queixam-se de andar todos encalhados.

Não corra atrás de héteros:
"Ai mas ele é muito simpático" "Os homens bons são todos héteros".
Lamento informar, mas não vai converter aquele seu amigo de ginásio, e se ele se apercebe que lhe quer saltar para cima, vai provavelmente deixar de ter um amigo. E não, os homens que prestam não são todos héteros.

"Odeio bichas":
Okay, essa história de ouvirem aquelas lindas baladas na rádio que repetem mil vezes "és perfeito como és" "aceita-te" "o amor é tudo", e de andarem a recitar grandes discursos de aceitação, para depois mal encontrarem um moço mais efeminado que vocês e dizerem logo "Ih, odeio bichas" com cara de enjoo tem que parar.
Não só porque é parvo - mesmo que a pessoa seja a maior bicha do planeta, whatever - , mas porque depois vos tira a moral toda para se queixarem de discriminação. O que me leva ao próximo ponto.

Não seja uma perseguida:

Eu ainda compreendia se fosse uma bicha ugandesa ou paquistanesa a dizer isto, mas geralmente nunca é.
Há pessoas que ficam cegas, sem braços, e fazem uma vida normal. Paremos com os mimimis de "ninguém me compreende, a minha vida é um inferno porque sou gay".

É só uma vagina, não é satanás:
Quando se refere sexo com uma mulher, parem com os "ews" de nojo, que coisa.
Eu detesto cabidela, e nem por isso quando referem me vou pôr aos gritos como se me estivessem a obrigar a ingerir uma pratada.
Só apetece dar uma lambada logo ali na altura a quente.

E é isto.
Alguma regra a acrescentar leitores?

*E eu uso o termo bicha porque me apetece. Se acharem ofensivo, desenvolvam sentido de humor, credo.

Começamos bem, sem dúvida.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015


Foram precisas as 20 badaladas e uma montanha de gajos giros pelas ruas para perceber que se calhar me estou a apaixonar.
outra vez.
E pela primeira vez desde sempre não sei de nada.