Pontaria

quinta-feira, 30 de abril de 2015


A propósito da minha triste falta de pontaria, num geral:

O professor



Conhecemo-nos e trocámos contacto - não interessa onde nem como, porque na realidade, o resultado vai dar sempre ao mesmo.

Achei-lhe piada, pareceu-me diferente e interessante.
Era professor, culto educado, e [aparentemente] romântico - vendo em retrospectiva... não são todos online? - os costumeiros elogios por educação rapidamente se transformaram em conversas pelo dia fora, tudo muito cheio de charme e provocações sugestivas.
Depois de algum chove e não molha, acabámos por conciliar horários e combinar um encontro, num dos cafés daqui da zona.

Não sei se fazem compras online, pelo ebay, ou até por alguma loja de roupas, mas todo o encontro pode resumir-se àquele fatídico momento em que abrem uma encomenda, que supostamente contém uma camisa em promoção, num maravilhoso verde abacate e em linho, abrem o pacote da, e têm uma camisa de poliéster verde alface dois tamanhos abaixo do que vocês pediram.

Cumprimentámo-nos, deu-me uma caixinha de chocolates - o que foi extremamente amoroso - começámos a falar, e a conversa simplesmente não fluía.
Provavelmente deixou toda a lábia algures no porta malas, e trouxe consigo a personalidade de um intercomunicador de condomínio com mensagem automaticamente gravada.
Dei por mim diversas vezes a puxar a conversa para evitar aqueles silêncios constrangedores enquanto ele me dava pequenas palestras de 30 minutos de cada vez sobre os regulamentos da escola onde trabalhava.
Era claramente mais velho do que me tinha dito - não que idade seja requisito -, e fez questão de o frisar umas quantas vezes com pequenos statements completamente fascinantes como "Tenho idade para ser teu pai" ou "no meu tempo..."

E fica a dica, se estão a sair com alguém com metade da vossa idade... tentem não o mencionar a toda a hora. Uma questão de marketing. despoletar daddy issues, não é o mesmo que despoletar uma crise de consciência.

Parecia irritado com alguma coisa, toda a conversa levada muito na defensiva, e eu, como boa pessoa que sou, desculpei-o primeiro com os nervos de primeiro encontro, e depois com a provável falta de sono por causa do trabalho.
todas as desculpas se eclipsaram naquele fugaz momento, em que eu eu pensava que a noite não podia ficar mais estranha, e levo com um condescendente
"Então, e já sabes o que queres da vida?"
"Hm?"
"Sim, já sabes o que queres? Já que andaste a chafurdar na rata"
E subitamente estava no programa da Fátima Lopes, a ser entrevistado pelo polígrafo e a ter que explicar porque é que sabia que sou efetivamente gay, visto - e estou a citar -  "não ser um gay genuíno". como se fosse antes uma cópia, uma bicha contrafeita à venda na feira da ladra, porque num laivo de ousadia meti o salsichão na arca errada.

Encontro - finalmente - terminado, cada um vai à sua vida, e pensei nunca mais ouvir nada do senhor, porque acho que até das futuras colónias de marte se conseguia ver o quão mau foi aquele encontro.
...Pensava eu.
Chego a casa, e tenho uma alegre mensagem á minha espera
"Então, o que achaste?"
Então... mas ele não estava lá?
"Ehrm... foi... interessante"
"Ah, eu achei te mais gordo que nas fotos. és bonito, mas não és demasiado bonito, por isso não estás fora da minha liga, e tive imensa vontade de te pregar um beijo"

portanto, recapitulemos, chamou-me gordo, feio e disse que me queria beijar.
Ainda a tentar responder de forma politicamente correta, enquanto ele queria uma resposta mais elaborada, uma quantificação, se calhar confundiu-se e pensou que estava a corrigir testes, ou a dar notas a exames, em vez de falar de encontros.
Antes de ter tempo de elaborar a minha explicação simpática - porque como boa pessoa que sou, tenho sempre imensa pena de dar com os pés, e acabo a arrastar situações por tempos inimagináveis - de como não estava minimamente interessado em continuar a vê-lo, a conversa continua:
"Pois, mor - oi? - é que eu não posso ser passivo. fui operado duas vezes ás hemorróidas e sofri infernos com isso, por isso não posso ser penetrado, não te conseguiria satisfazer nesse campo. mas podemos fazer outras coisas interessantes"
seguido de um:
"Mas também, sou baixinho e tenho a pila pequena, por isso fica à tua consideração" 
Não sei, talvez seja eu que sou mesmo muito novo, e há vinte anos, falar de hemorróidas e de dimensões penianas depois de um primeiro encontro fracassado sem absolutamente química nenhuma, fosse um acto de supremo sex appeal, mas por algum motivo... comigo não resultou.

Rescaldos

quarta-feira, 29 de abril de 2015



Começo a convencer-me que esta coisa dos encontro é para pessoas que tenham sorte.
Que não é o meu caso.
Vou tomar um banho de sal grosso amanhã a ver se liberta o exú.
O que me salva é chegar a casa e ver o meu Adamzinho todo seqsse a dar á anca.
... Ao menos alguém que dê à anca, não é mesmo.

Como me conquistar em 45 segundos

segunda-feira, 27 de abril de 2015




Acho que vou começar um programa, "ofereça um dicionário ao seu engate"

Projetos

sábado, 25 de abril de 2015


Depois de uma maravilhosa discussão com alguém acerca de um projeto conjunto, e depois de me atirarem em cara uma colaboração que nem pedi, cheguei à conclusão, que se queres algo bem feito, tens mesmo que ser tu a fazê-lo sozinho.
Fiquem atentos blogosfera, fiquem atentos.

Sabes que és gay quando:

quinta-feira, 23 de abril de 2015


Tens um conflito moral interno uma vida inteira.
Uma pontada de culpa que se intensifica cada vez que tens uma desventura romantico-sexual, e na fúria do momento, te vês obrigado a dizer uma daquelas célebres frases imortalizadas pelas 50 mil comédias românticas que assististe ao longo dos muitos domingos à tarde sem nada para fazer sentado no sofá:
"Os homens são todos iguais"

Porque nessa altura, te sentes em igual medida vingado, e um idiota.

O melhor encontro de sempre

quarta-feira, 22 de abril de 2015


Tinha sido uma semana péssima, a juntar a tantas outras semanas péssimas que se sucederam em catadupa.
Os amigos, ocupados com o trabalho e com as próprias vidas, não me serviram de grande consolo, e o namorado imaginário infelizmente também não soube desempenhar o seu papel.
Uma onda de autocomiseração abateu-se sobre mim, qual tsunami psicológico, quando caí no erro de me pesar e reparar que engordei 5 quilos, rapidamente atribuidos aos ataques de gula e ás invasões madrugadoras ao frigorífico para roubar cheesecake e bolo de bolacha.

Todas as energias foram pelo mesmo ralo que o dinheiro do mês, e dou por mim, à uma da manhã de sexta feira sentado na cama de robe e manta com uma caneca de chá, assistindo um episódio da minha série de culto - desperate housewives - a ponderar em que encruzilhada da vida dei o pisca para o lado errado, para estar tão miseravelmente infeliz, sem direito sequer a um gato para preencher o vazio que nenhum brinquedo de sex shop alguma vez conseguirá.

Nesse preciso momento, qual sinal divino, o ecrã do telemóvel acende-se em todo o seu esplendor, vibrando alegremente qual bóia de salvação da noite para maiores de 70 anos que se estava a formar no meu quarto.
Um rapaz qualquer aqui das redondezas viu o meu perfil.
"Olá, és giro. queres vir cá a casa?"
"...Olá . Aí a casa?"
"Sim"
"... Fazer?"
"Sei lá... conhecermo-nos melhor, conversar e assim"
vamos abrir um parênteses para o facto de ser uma da manhã, eu estar de pijama, carente e miserável, sem chocolate no armário nem homem na cama. Para isso e para o pormenor mais que muito lógico de que não existe homem nenhum neste planeta a convidar desconhecido/as para sua casa a meio da noite sem segundas intenções. 
"Hm, okay, porque não?"
Na minha cabeça, um encontro duvidoso parecia melhor alternativa que encontro absolutamente nenhum. e do ponto de vista puramente comercial, se não expuseres o produto, ele não vende, não é verdade.
E lá me pus eu no carro, e guiei 5 minutos a pensar se não ia ser assaltado e morto e ninguém ia saber de mim. Pelo menos não estava a beber chá de roupão. Já era um avanço emocional.

Chegado à porta do prédio, encontrei o a fumar, muito tenso e com cara de poucos amigos.
Não era bonito de todo, mas tinha aquele aspeto de camponês rústico que descarrega a frustração sexual reprimida a cavar couves e batatas.
Sim, eu sei.
Eu tenho problemas.


Adiante.
Cumprimentei-o e resolvi ver onde ia dar.
E aqui começou a hora mais estranha da minha vida até à presente data - e sim, estou a contar com aquela vez nas praxes, em que nos trancaram num barracão deitados uns em cima dos outros sem camisa e eu não conseguia decidir se tinha uma ereção ou um colapso nervoso traduzido em riso por causa de todo o fetichismo gay inerente, saído de um qualquer porno rasca dos anos 80. 

Entrámos no apartamento, e disse me para me sentar à vontade, no pequeno sofá cama duro e cheio de bugigangas em cima, virtualmente sem espaço nenhum para te sentares "à vontade", ligou a TV e sentou se ao meu lado.
E ali ficámos, uma hora nestes preparos.
Ele de pernas super abertas, talvez a querer marcar território, talvez a mostrar virilidade - o que não resultou muito bem - semi deitado no sofá, e a criticar as séries que passavam na TV, enquanto dizia em tom reprovador que "as mulheres são todas umas histéricas" e reclamava com os turistas e com o sistema nacional de saúde, sempre de olhos fixo na TV e corpo encostado ao meu.e mão sobre o meu peito
Eventualmente um pequeno volume surgiu timidamente nas calças jeans do rapaz.

Outro pequeno parênteses. Eu quando fico muito nervoso, tomo as piores decisões DE SEMPRE.
Juntemos a este parênteses o anterior, e façamos a equação. é óbvio que vai dar merda.
Então, enquanto conferenciava com amigos - obrigado internet móvel - cheguei á conclusão, que talvez o rapaz estivesse só nervoso.  Resolvi roubar-lhe um beijo. afinal, perdido por 100, perdido por 1000.

Nunca tive uma experiência de quase morte, ou vi um acidente de perto, mas pelo que descrevem, foi basicamente a mesma coisa.
Todo o mundo começou a mexer-se em camara lenta, enquanto a minha cara se direccionava à dele, e vi ao pormenor o humilhante momento em que, ajeitando o volume nas calças, desviou a cara para o lado e disse "não, não"

E ali fiquei eu, a rir nervosamente, a tentar desculpar-me ao mesmo tempo que lhe queria pregar um bujardão na tromba porque foi a primeira vez que alguém me negou um beijo desde que me lembro de ter usado a boca para propósitos que não comer.
A série acabou - por algum motivo continuou com a mão no meu peito mesmo depois de me renegar até ao infinito e mais além -, e subitamente ficou cansado.
"Tenho que ir trabalhar cedo amanhã, blablablabla"
Levou-me à porta, deu-me um passoubem, e deixou-me na duvida.
Talvez queira levar as coisas com calma, e só queira beijos lá pro 5º encontro.
Talvez me tenha calhado o último cavalheiro gay.
Passadas umas horas, bloqueou-me e eclipsou-se da face da terra, mesmo como um cavalheiro moderno não interessado faz.

E dei por mim novamente na cama, a ver a minha série, no dia a seguir a pensar em como seria agradável encontrar um moço na fila do supermercado que me convidasse para ir ao cinema, em vez de só apanhar estas histórias da carochinha, em que a carochinha sou eu e acabo sempre como a da imagem acima.

Agora deixo-vos a bola no campo - para não se queixarem que sou só eu a falar:
Qual foi o primeiro encontro mais constrangedor a que já foram na vida?

A pedido de muitas famílias*...

segunda-feira, 20 de abril de 2015


Cá está uma foto - que fui tirar de propósito praqui pro estaminé porque também tenho direito de ser féshio bloguér - da aventura culinária do dia. Falafel feito em casa salada de pipino e molho de diaugurte com hortelã (isto é mesmo um lazy post pra não pensarem que morri)
...*Okay, tecnicamente foi só o Oceano que pediu, whatever.

Eu não quero ser gay

quinta-feira, 16 de abril de 2015



Durante anos a fio, este foi o meu mantra.
Vivo num meio relativamente pequeno.
Uma aldeia promovida a cidade, que de cidade só tem o título e o fluxo turístico.

Quando comecei a aperceber-me do que era, pensei que fosse uma fase.
Afinal, quando somos novos, sabemos lá o que queremos, não é verdade?
O background religioso da minha família ajudou a incitar o medo.
Afinal é completamente contra tudo o que é livro religioso.
Era certamente uma fase.
Cheguei a rezar para que o fosse.
Uma fase bastante longa.
Qualquer dia acordava e passava a olhar para mamas com aquele olhar devasso muito típico dos putos de 15 anos cheios de borbulhas e hormonas.
Mas o tempo foi passando... e a fase não.

Eu não quero ser gay

Meti-me no desporto - mesmo sendo a criatura mais preguiçosa do planeta - talvez precisasse de um banho de testosterona, porque como bom cliché gay que sou, 99% das minhas amizades tinham vagina.
Acabei por desistir do basquetebol quando vi que era pior a emenda que o soneto, porque  claro que me saiu o tiro pela culatra, e acabei dois anos a jogar basquetebol com 20 rapazitos da minha idade, e a evitar de morte os balneários, porque aquele cheiro a homem suado dava cabo da minha "fase".

Eu não quero ser gay
Não podia ser gay.
Afinal, não era como os gays da TV [que eram literalmente a única referência que eu tinha na altura, para além do puto na minha escola que era drag queen e agora anos mais tarde mudou de sexo] e não conhecia nenhum outro gay.
Ao contrário da capital, onde em baixo de cada pedra de calçada há 50 gays a abrirem um bar com gogoboys e white parties temáticas, por aqui ainda hoje em dia continua a ser visto como uma coisa extremamente aberrante, motivo de silêncios demorados e olhares reprovadores.
Passei todo o secundário num armário de vidro, onde toda a gente via a imensidão da minha homossexualidade, menos eu, com a cabeça enterrada na areia, cheio de medo de ser ainda mais mal tratado, por uma coisa que não tinha escolhido.
Sentia-me uma fachada mal conseguida, através da qual todos conseguiam ver.

Eu não quero ser gay
Os gays não casam não têm filhos, e trocam de namorado por um modelo mais novo quando as rugas assentam e a diversão acaba. E não queria andar nessa vida infeliz e encalhado e a saltar de cama em cama por não arranjar ninguém - o karma é fodido, I know - porque era a única noção que tinha.

Foi preciso entrar para a faculdade para conhecer pela primeira vez um gay em carne e osso (relativamente mais fora do armário que eu, mas ainda assim muito secretivo sobre as coisas.)
E não era nada de especial, bastante decepcionante até.
Não me pareceu extremamente infeliz e miserável, não era excessivamente exagerado nos maneirismos, nem passava a vida nas orgias.
Um a um, os meus preconceitos foram desabando.
Os medos esses, continuavam todos lá, de pedra e cal.
Até hoje não percebo muito bem do que tinha tanto medo.
Mas tinha.
Acho que no fundo não queria desiludir ninguém.
Afinal, sou o filho único a acabar com o legado da família- porque cu não faz filho ainda né non - e todo o drama associado a ele.

E um dia, tudo se descomplicou.
Parece que se desfez um nó na minha cabeça.
Tudo deixou de importar, uma epifania que fez ruir as paredes que andei a erguer anos e anos
E foi como se saísse pela primeira vez de debaixo de alguns escombros esquecidos num tsunami que arrasou a minha costa mental e conseguisse respirar.

Nos dias particularmente difíceis, depois da 2154516512ª tampa do semestre - sinto-me a taylor swift dos gays às vezes - , lembro-me disto, e mesmo que as coisas não corram sempre como eu quero, consigo dizer que  partir do segundo em que te aceitas, tudo melhora.

só para variar um bocadinho, e porque hoje estou lamechas. o blog é meu.

Tem que se beijar muitos sapos até se encontrar o príncipe...

quarta-feira, 15 de abril de 2015


...Mas pelo amor de Deus, né, começo a pensar que estou preso numa reserva de vida anfíbia do amazonas.

Feliz dia internacional do Beijo

segunda-feira, 13 de abril de 2015



Dêem corda ás línguas e vão praticar.
that's an order.


Como tirar a Dick pic perfeita

domingo, 12 de abril de 2015



Ora, tenho visto imensos guias nos jornais online, magazines e derivados.
Dicas de como tirar melhor proveito dos filtros do instagram, Dicas para as melhores fotos de comida possíveis, Dicas para fotos de grupo com pouca iluminação Dicas para obter a selfie perfeita.
Até há dicas de como usar o selfie stick... mas e o outro stick?

Como capturar toda a sua magnificência de forma fotográfica?
Como potenciar exponencialmente aquele momento mágico em que por curiosidade, aborrecimento, ou por simples conquista largamente romântica, um ecrã de telemóvel - ou computador se forem completamente risqué - se acende em deleite com a assombrosa presença do nosso vigoroso adamastor júnior.

Afinal, quem nunca tirou uma dick pic?  .
Para além de vocês meninas que obviamente não tiram dick pics... porque não têm pirilau.- agora é aquela parte em que me dizem todos "eu nunca!" e eu me fico a sentir uma rameirona, mas hey, adiante.

Como estamos em pleno século XXI, e este é um nicho de mercado com necessidade de ser explorado, achei por bem deixar aqui algumas dicas para que as vossas fotos íntimas fiquem para sempre na memória de quem as visualiza, sejam conquistas, vizinhos, ou até a vossa avó.
Whatever floats your boat.
Têm lápis e bloco de notas? Então tomem nota


Saibam o material com que trabalham.
Afinal, é o passo mais importante, porque o melhor marketing é o auto marketing.
Não queiram ser como o Lidl e vender carne de cavalo como lasanha de vitela.
Aconselho uma boa poda, afinal árvore sem arbustos tem o tronco maior.

Ângulo, ângulo, ângulo.
É tudo uma questão de perspectiva, do ângulo até uma salsicha de cocktail parece a torre eiffel.
Tentem várias posições, um bocado em homage às meninas e as suas técnicas para obter a melhor foto possivel do decote na praia.
Escolham uma boa iluminação, e uma tarde em que estejam particularmente inspirados... se é que me faço entender.

Evitem comparações
A não ser que tenham um tripé, evitem objectos de grande porte, bananas, pipinos, tablets, pistolas, pizzas familiares, remotes de Tv - nem estou a inventar alguns destes exemplos.
A ideia é parecer maior. Não mais pequeno.

Sejam criativos
... Mas não demasiado. Afinal é uma dick pic, não é a capa da vogue.
Querem maravilhar a vossa audiência, não deixá-la confusa

Se nenhuma destas maravilhosas dicas vos ajudam, têm sempre a dica infalível:
Não enviem Dick Pics
...Marquem um encontro e mostrem ao vivo.
Afinal uma foto não preenche o vazio que a coisa em carne e osso - no pun intended. para além de ser muito mais divertido ao vivo.

E passo-vos a palavra.
Alguma vez tiraram uma dick pic (ou uma foto badalhoca num geral)?
E alguma vez receberam?
Alguma memorável ou particularmente constrangedora?

Bom resto de fim de semana, ponham em prática as minhas dicas e digam-me como correu!
Se quiserem que eu veja a vossa dick pic, podem enviar mail para OMGasérioqueestãoaapontaroemail?@tarados.com

O daddy sem sugar

quinta-feira, 9 de abril de 2015


Então, a dada altura da minha vida, - não interessa quando - tive que satisfazer a minha curiosidade inata em dormir com um homem mais velho.

Motivado por aquele velho ditado, Panela velha faz boa sopa, e pelo facto de me apetecer uma boa sopa, lá fui eu explorando o desconhecido.
Não tenho que explicar a ANALogia pois não?

Chegados ao café a curiosidade mal disfarçada falou mais alto, e acabámos a estudar-nos mutuamente de alto a baixo.
Não era particularmente atraente - não que isso seja para mim fator determinante - tinha uns olhos muito bonitos, era baixo e tinha umas mãos enormes.
Se isto fossem as cinquenta sombras de grey ou outro qualquer livro erótico digno do título de mommy porn,  podia dizer que senti o seu olhar de desejo ardente, e formou-se entre nós uma silenciosa atração pulsante, que quase me fez rasgar as roupas na esplanada ensolarada e possuí-lo com paixão.

Mas não é, por isso digo, que o senhor foi extremamente... vocal sobre as suas preferências sexuais.
Acho que nunca na minha vida me tinha sentido tão constrangido como naquele momento em que naquele sotaque ferrenho de homem do norte me disse em voz bem alta.
Ah, eu gosto muito de ser passivo, adoro uma boa penetração, uma boa espada na cama, um homem que me coma e me deixe a pedir por mais. Claro, preciso de uns bons preliminares. de Beijar muito, de sentir contacto humano.
Isto em plena esplanada em hora de ponta com famílias inteiras a aproveitar o seu pastelinho de nata e galão com criançada, o cão o gato e o periquito.
Podia ter-me levantado, ter saído porta fora,
Podia ter apagado o contacto do senhor e não ter feito nada e fingido que nunca nada tinha acontecido, mas hey, já que ali estava deixava rolar.
Combinámos um encontro mais... intimo, durante a noite.

Podia armar-me em virgem ofendida e dizer que "aconteceu" e "não estava à espera" ou que foi um acaso" mas não tenho pudores em dizer que quando a lua me bate até a salsicha grelha.
Era esse o intuito e queríamos os dois o mesmo.

Okay pessoas, fica a dica universalmente transmissível:
Quando dizem a alguém, Ah e tal, eu gosto muito de beijar, é melhor que beijem bem.
Durante umas horas, suspeito que tenha estado aos beijos com um arraçado de vaca e piranha porque ora me passava a língua pela cara, ora me mordia com imensa força. tive que lhe dizer umas quantas vezes para parar, ou que lhe beijar o pescoço para disfarçadamente afastar a minha cara daquele filme de terror classe C que decorria nos andares de cima.
Se quiserem ler a cena de sexo, volto a redireccionar-vos para as 50 sombras de gray, ou um livro da harlequin, ou mommy porn num geral.
Terminado o kay kay, - que não foi absolutamente nada de especial- senti-me exatamente como da primeira vez que provei caviar.
Onde estava o orgasmo monumental?
E todos aqueles anos extra de experiência?
Ultrajante. vou ligar à DECO.

Convidou-me para ficar a dormir lá durante o fim de semana, e não queria de forma nenhuma que me fosse embora. Por uns momentos achei que fosse acabar na capa do correio da manhã, encontrado num barranco próximo, depois de uma "discussão gay".

Quando pensei que as coisas não podiam piorar, ele resolveu que queria uma sessão de cuddling.
Não me interpretem mal, eu sou adepto e praticante da arte do cuddling, mas geralmente não quando tenho um preservativo usado na mão, estou nu, e o meu parceiro resolve deitar-se em cima de mim a morder-me a cara e chamar me garanhão safado, enquanto na TVI passava um reality show rasca qualquer.
Quando me consegui safar, dizendo que tinha compromissos de manhã, consegui a proeza de arrancar o carro em terceira, e acelerar até ao horizonte, para nunca mais voltar.

No dia seguinte mandou-me mensagem.
Tinha gostado muito, estava dorido, queria repetir. mas não se lembrava do meu nome.

Rabos

Deixa estar filho, tu não gostas de rabos, como eu

Eu sei que foi tirado do contexto, e que estávamos a falar sobre bacalhau, mas Deus nosso senhor sabe bem a força que eu fiz para não gargalhar à mesa com esta afirmação.
Ironias do destino.

Chove lá fora.

quarta-feira, 8 de abril de 2015


E até é bom.
Encolhes te na cama e aconchegas-te, escondes te do frio.
O pior, é quando chove cá dentro.

Achei ofensivo!

terça-feira, 7 de abril de 2015



Com esta conversa da lei de liberdade religiosa do Indiana, e das pessoas que não querem dar pizza e flores ás bichas, cheguei á conclusão que toda a gente se ofende hoje em dia com tudo.
Para mim, que faço de tudo humor, até na vida pessoal, é uma coisa muito estranha.

A gorda ofende-se que lhe chamem gorda,e  diz que toda a gente só vê o físico, enquanto entope o mural do facebook com fotos de modelos musculados e tatuados todos "lindos de morrer".
A bicha ofende-se com os estereótipos, de promiscuidade e futilidade enquanto tira selfies no espelho e combina uma fodinha casual no grindr algures no bairro alto.
Os encalhados dizem que "é uma escolha" enquanto lançam olho gordo aos amigos comprometidos
E os fanáticos religiosos dizem que têm direito às suas convicções enquanto tentam rezar o filho gay até á heterossexualidade ou bombardeiam igrejas de crenças vizinhas.

Toda a gente se leva tão mas tão a sério que nem reparam nas contradições idiotas que fazem... e qualquer coisinha é desculpa para guerrinhas birrinhas e discussõezinhas idiotas porque se feriram susceptibilidades.
Alguém me explica porque é que as susceptibilidades andam todas tão sensíveis?
Será Inflamatório?

Acho que este dia teve 29 horas

segunda-feira, 6 de abril de 2015


Eu tinha pensado fazer um post todo pipi, abri o blogger, mas depois de um dia de viagens pra trás e pra frente, o meu cérebro parece macarrão instantâneo daquele de juntar água a ferver.
Vou só ali:

Hot Dudes with Dogs

domingo, 5 de abril de 2015

Descobri há uns tempos esta conta no instagram, e agora cada vez que lá vou oscilo emocionalmente entre um:

E um








Uma foto publicada por Hot Dudes With Dogs (@hotdudeswithdogs) a


Boa páscoa e coiso.

Sabes que és gay quando:

sábado, 4 de abril de 2015



Os teus sonhos têm um segmento musical coreografado.
E num geral, mesmo que não saibas efetivamente dançar, tens coreografias mentais para as músicas.
E não estou a falar de mexer a mãozinha ao som de single ladies da amiga Biunças.
Estou a falar de no teu cérebro haver um universo paralelo digno de Bollywood, mas com melhor música.

O que eu queria mesmo

sexta-feira, 3 de abril de 2015


Era uma discoteca cheia de gajos giros a passar coisas destas.
Só porque sim.
Ah, e mojitos grátis.
Acho que este é o verdadeiro espirito da pascoa.

Quanto ao Manoel de Oliveira

quinta-feira, 2 de abril de 2015


Não lhe tiro o mérito da carreira que teve, sim, foi digna de reconhecimento, mas não era nem nunca vou ser fã - só porque ele morreu, isso é uma hipocrisia PODRE - , e mais digo:
o unico bóbó que gosto de ver, não envolve aniki nenhum.

Mentiras que vais ouvir de alguém que te quer - desesperadamente - levar para a cama.

quarta-feira, 1 de abril de 2015



Se não estão com intenções de entrar na ordem das carmelitas descalças, com direito a celibato vitalício e a fracas escolhas a nível de vestuário, já tiveram aquele momento maravilhoso, em que alguém vos deu conversa especificamente para vos saltar dentro da região cuecal, com mais destreza que o Tom Daley salta para uma piscina olímpica.

Pode ter resultado, ou não, não julgo os vossos hábitos alimentares, sejam de cima ou de baixo.

Portanto, em honra deste dia das mentiras - e no seguimento do post anterior - achei por bem comPILAr numa lista com a qual todos vocês, que são ou já foram semiquengas desvairadas como eu, já estão ternamente familiarizad@s - e para quem é puro e inocente, fica a lição*:

Senti uma ligação especial entre nós. Tu não?
Utilizado geralmente com um olhar profundo dentro da tuas pupilas dilatadas de interesse - ou da cerveja mesmo - sendo o nós, a minha zona da virilha, e a tua.
Quero conhecer-te melhor
Geralmente - 90% - seguido de um "vamos para um sítio mais calmo"Quer conhecer-te melhor. Horizontalmente.
Queres ver a minha coleção de DVDs?
Queres ver a minha cama? De perto?
Tu és especial, diferente d@s outr@s
Oh, o santo graal das tretas de engate.
A frase ao som da qual milhares de virgindades se despedaçaram.
E estatisticamente a que mais resulta, quando bem aplicada.
E podia continuar aqui com uma lista de dimensões bíblicas, mas quero antes que vocês me digam:

Quais foram as mentirinhas de engate que faltaram nesta lista?
Quais as mais originais que já ouviram?
Alguma das mencionadas acima já resultou convosco?
E já usaram alguma?

*De denotar que qualquer uma destas frases é inofensiva, e todas podem significar literalmente o que dizem, mas isso raramente é verdade quando são usadas nos primeiros 2/3 encontros .