Sabes que és gay quando:

quinta-feira, 26 de maio de 2016


Não mudas de fila no supermercado, com outras mais pequenas disponíveis porque o rapazinho à tua frente está a usar umas calças que lhe realçam bastante o pacote.
E ele percebe que estàs a olhar e também não muda de fila

O armário do filho único...

quinta-feira, 12 de maio de 2016

É mais difícil de abrir?

Irmãos influenciam quando toca a sair do armário?
Digam-me o que acham, debatam e conversem

O ex nostálgico

quinta-feira, 5 de maio de 2016



Como tantas outras histórias de "amor" entre dois rapazes, começámos no manhunt...
Ou foi no Grindr?
Hornet?
Não sei, é igual ao litro.

A fase da lua de mel veio e foi-se, o encanto morreu, ficaram as memórias de quecas bem dadas - modéstia à parte -, os investimentos em preservativos com sabores, e a costumeira promessa de manter o contacto.
O tempo voa, e o contacto foi na melhor das hipóteses telegráfico.
Perguntas de trabalho, dos estudos, do cão do gato e do periquito, sem qualquer resquício do romance meloso que outrora bateu em nossos corações - ou seriam virilhas?
Poderia acabar por aqui, uma trágica história de um romance que nunca o chegou a ser, um souflé que desabou antes de estar pronto.
Mas obviamente não se ficou por aqui.
Volta e meia, nas épocas festivas quando a fome é negra e o grindr anda às moscas, magicamente a memória funciona , e lá se lembra do meu número de telefone para enviar sentidas mensagens de saudade e introspecção.

Saindo do trabalho, um destes dias, o telefone volta a vibrar, trazendo consigo uma pergunta inócua quebra o silêncio de meses.
"Como estás? Tenho pensado em ti."
E embora à primeira vista não pareça, eu já sei imediatamente que isto é uma uma tentativa desesperada de me voltar a saltar para a cueca.
A converseta floreada passa pela localização geográfica do dito cujo, e rapidamente escala para um digno:
"Tenho saudades de te arranhar as costas" 
ou
"Lembras-te da ultima vez que demos uma?"
E não sei sei é suposto o meu cérebro estar algures na minha glande, porque só assim se explica a noção de que era suposto ir a correr cada vez que um marmanjo qualquer se lembrar que eu só sirvo para lhe apagar o fogo.
Sorrio malevolamente, enquanto a minha consciência me sugere que o faça sofrer um bocado, antes de lhe cortar as asas.
Quando eventualmente me aborreço da conversa, e o informo da minha atual relação, rebate com um:
"Ah, ainda andas nisso? Pensei que tivesses vontade. Fica para a próxima"

Porque com propostas assim, quem consegue resistir, nénon?

Fica a pergunta:
Reciclagem de ex agora é uma trend?