Lembro-me de ainda nos meus primórdios de pré adolescência, ouvir dizer
"fazer-se difícil é a melhor estratégia para ter um homem a comer na tua mão".Todo um conceito de girl power, que eu como boa pré bichinha em germinação que era,tatuei no meu cérebro.
Quando chegou a altura de o por em prática no entanto, a coisa descontrolou-se um bocado, por entre um remoinho de roupa no chão e óculos no lavatório e muitos beijos, e todo o plano de bancar a "boa moça" foi pela pia.
Depois de muitas quebras de coração, e camas desfeitas, aborreci-me de tentar ser difícil, porque para mim, começava a parecer que relacionamentos gays eram como os ovos kinder, mal tinham o brinde acabava-se a brincadeira, e adoptei a estratégia de liberar geral. Afinal, a vida é só uma, e se for para morrer encalhado, por falta de tentativa e erro não há de ser.
O que para mim fazia imenso sentido, porque a minha força de vontade nessa matéria é tanta quanta a resistência de uma braguilha fechada.
Contudo, na minha cabeça ecoava aquela sabedoria popular, um legado de como ter um homem na mão, sem implicar ter efetivamente uma parte dele entre os meus cinco dedos com alguma fricção pelo meio, mais um sentido metafórico de controle romântico.
Ficou o mito inalcaçável só possivelmente comparado com aquele de seduzir um homem pelo estômago - que também tentei, ao fazer compota intragável, que como todos sabemos nunca poderia dar bom resultado.
Os anos foram passado, e comecei a reparar no entanto, que a forma mais fácil de teres um homem a comer na tua mão - e noutras regiões anatómicas, let's be honest - passa por uma única palavrinha monossilábica.
NÃO.
E isto acontece sucessivamente, porque posso ser fácil, mas não sou raspadinha, volta e meia tenho que dar uma bela nega. Um bom "Desculpa, não quero" ou o sempre apologista, "compra nívea e vai ao Xvideos".A partir do segundo em que abro a boca para dizer a um fulano qualquer que não estou interessado, parece traça na lâmpada, me manda mensagens, liga a horas indecentes e foca uma boa centelha de energia em mostrar-me de todas as formas e mais alguma, como seria a queca da minha vida - coisa que já ouvi textualmente.
Juro que não entendo bem qual é a causa, talvez seja psicologia de reversão, ou complexo predatório, complexos de abandono, falta de noção e contexto, ou simples dificuldade em ler e analisar problemas matemáticos.
Mas como isto não é o MIT e não vamos fazer um estudo cientifico do caso, fica apenas a informação.
Jovens bichas iniciadas, esqueçam tudo o que ouviram.
Se querem ter um homem na mão, basta só dizer-lhe que não.
Miguel é pura sabedoria ... fato ... rs
ResponderEliminaré vou escrever um livro de auto ajuda ahah
EliminarO desinteresse é o melhor dos afrodisíacos para a maioria das pessoas e não só dos homens.
ResponderEliminarAcho que depende do desinteresse
EliminarMuito bom!
ResponderEliminargrazie :P
EliminarThat's right! E funciona! :D
ResponderEliminarFeliz ou infelizmente não falha
EliminarNão é muito diferente da estratégia inicial que escreveste, mas um pouco mais radical ;)
ResponderEliminarUma adaptação inteligente ahah
EliminarNem as pombas consigo agarrar quanto mais uma pessoa, acho que o ideal é uma jaula do tipo que aparece no videoclip da SIA "Elastic heart" :-p
ResponderEliminarEnjaulado? parece me extremo ahah
EliminarNão. Basta dar desprezo.
ResponderEliminar