Homofobia na internet

domingo, 21 de junho de 2015



Cada vez que algum site noticioso publica uma notícia de indole LGBT, eu fico ligeiramente confuso. Todos eles homens e mulheres de família, adeptos dos mais elevados costumes e donos de uma sexualidade muito bem resolvida - A L E G A D A M E N T E -, Amontoam-se como abutres na carcaça, prontos a tecer comentários sobre os maricas e as suas mariquices, com de piadas gratuitas - admito que os melhores trocadilhos que já vi com bananas vieram destes poços de sabedoria suburbana - e cheios de teorias de conspiração, porque como toda a gente sabe, nós estamos a organizar uma tomada de posse a nível mundial, estamos a contaminar a água com a nossa virose, e dentro de dez anos, as bichas dominarão o mundo ao som da Valesca Popozuda.

Não é novidade, e nem vai deixar de se passar, mas não deixa de ser curioso, ver que as pessoas que - A L E G A D A M E N T E - menos querem saber do assunto, e que só pedem que não os incomodem com essas coisas, saltem logo para a caixa de comentários cada vez que um gay se casa, alguém adopta, ou há uma marcha de orgulho gay - o exemplo mais recente.

Se não lhes interessa, se os incomoda, porque perdem tanto tempo a ler e comentar em catadupa notícias do género?
"Estamos num mundo livre, temos direito à opinião", diz um dos muitos queridos como que respondendo à pergunta que não cheguei a fazer.

É muito errado se eu disser que isto me cheira tudo a um bando de bichas reprimidas que vão á noite ver porno gay BDSM?

O que acham que motiva estes héteros bem resolvidos a debitar tantos hate comments?
Surpreendam-me.

25 comentários:

  1. A motivação está naquilo q eles tanto querem e não conseguem nunca ... ROLA!!!!

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  2. Quem desdenha quer comprar, já dizia a minha avó.

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  3. Lobby gay, lol. É uma das melhores piadas, lol.
    Quanto a motivação... não sei. Estupidez, talvez.

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  4. Do lado de cá do Atlântico, além desses habituais há os "evangélicos" que tem sido os principais haters contra nós... interessante que em sua grande maioria (e isso já foi motivo de músicas de carnaval), levavam uma vida não muito ortodoxa antes da dita conversão e desde então se apresentam como fiscais da moral e bons costumes (e de outras partes também).

    Também acredito que há quem tenha lucro com tais coisas, muitos ganham a simpatia do eleitorado de miolo mole defendendo a "família tradicional" e se propondo a lutar contra um inimigo que não existe....

    No mais, tenho que concordar com o Bratz... ele sabe das coisas! :P

    Abração.

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    1. Sim, todos os religiosos fervorosos têm sempre alguma contrapartida

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  5. Cambada de frustrados que se sentem bem a falar ou ofender outras pessoas que não conhecem de lado algum!

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  6. Seguindo o comentário do repórter da Band, isso é falta do que fazer, é falta de uma boa dose de ROLA!

    Gossip of Men
    http://gossipofmen.blogspot.com.br/

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  7. Quem mais odeia é quem mais quer aquilo que odeia.

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  8. Parabéns pelo texto. Para ampliar esta multifacetada discussão sugiro:
    http://saudepublicada.sul21.com.br/2015/06/22/homossexualidade-religiao-psiquiatria-uma-evolucao-5/

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  9. As pessoas andam tristes com as suas vidinhas e dedicam-se a odiar as outras só porque sim. Olha o Hitler, por exemplo, odiava judeus - embora o holocausto não tenha sido só em relação aos judeus - só porque sim e vê no que deu. A verdade, verdadinha, é que as pessoas bem resolvidas não se preocupam com isso.

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    1. Podem até ser bem resolvidas sexualmente e não o ser noutro campo, não acredito é que sejam felizes e contentes a cem por cento porque senão não andavam a perder tempo a destilar ódio...

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  10. Precisamos urgentemente de uma revolução sexual para que todos possam terem os orgasmos da melhor maneira que desejarem e assim ficaremos felizes sem espaço para ódio.

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    1. Não acho que seja uma revolução sexual, mais uma revolução de princípios.

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  11. Discordo totalmente do argumento "não têm vida portanto dedicam-se à dos outros" e "são todos bichas mal resolvidas"; o fundamento dessas comunidades anti-LGBT passa pela sua educação.
    Se formos a reparar, diria que, no mínimo, mais de metade das pessoas desses grupos têm, pelo menos, em torno a 30/35 anos: daí resulta que a forma como foram educadas em casa é algo desajustado ao que vivemos hoje. Foram educados tendo como base essencial a família [tradicional] e os valores que lhe vêm associados. É da natureza do ser humano tomar como verdadeiro, no sentido de que é essa a "verdade universal", absoluta, e de maior valor tudo aquilo com quanto foi ensinado e Que aprendeu em resultado dessa educação ao longo da vida. Não sinto qualquer remorso ou espécie de pena por essas pessoas, não têm culpa de ter nascido no tempo em que o foram; nem os seus pais!!
    O meu segundo argumento prende-se com, a meu ver, a relevância maior que dão à situação de "os meus filhos não têm que estar a ver estas indecências". Pois bem, eu digo que é precisamente isso que tem de ser feito! Esses "filhos"(aqui a falar num termo abstracto, desculpem-me) são precisamente quem tem de ver que as relações homossexuais existem e não são menos válidas, ou mais vergonhosas, que qualquer outra! São essas crianças que têm de aprender, ao passear pela rua, que a sexualidade humana não é preta e branca já que não vai ser, logicamente, em casa que vão adquirir esses conhecimentos por virtude de pais que não o sabem, e não cabe aqui dizer que são pais mal-formados, simplesmente não estão abertos a este tipo de circunstâncias pelas razões que expliquei no meu primeiro argumento.
    Acho que não nos devíamos concentrar em argumentar como são bichas mal resolvidas ou outro argumento que vá nessa mesma linha de ideias, já que são algo que gerações anteriores se dedicaram incansavelmente a dizer, e hoje não são mais que um clichê datado e que só vai encontrar ouvidos moucos de alguém que, ao ouvir tal coisa, vai dispensar totalmente o que dissermos a seguir por, literalmente, estar farto de ouvir esse argumento que já não faz sentido. Nem para eles nem para nós.

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    1. Um óptimo comentário sem dúvida - veio em duplicado mas só publiquei um - acho que a educação é como tudo, podes ter os valores de família tradicional e não odiar o que foge do teu conceito que te foi transmitido aquando da educação.
      Independentemente do motivo, tem que concordar comigo que roça o ridículo ver pessoas que não querem saber do assunto perderem tanto tempo a comentar assuntos fora da sua esfera de interesses e crenças de forma tão enérgica e negativa. isso é que não faz sentido para ninguém....
      Obrigado pela participação :)

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  12. O GbBb fez recentemente um post que acho que dará uma excelente resposta à tua pergunta. Os homofóbicos não "vêm" um gay à frente...

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    1. Para um homofóbico, uma gay é uma bicha efeminada que usa plumas e anda aos saltinhos enquanto gesticula com as mãos. Qualquer outra pessoa é apenas excêntrico, que não assume compromissos, etc, lol

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  13. É sempre fácil criticar mas os fundamentos por vezes ficam perdidos na ignorância.

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Vá, a comentar enquanto ainda não cobro nada.
Respondo sempre e coiso.
(sou ótimo a motivar as pessoas hein?)